CBF estuda maneira de dar privacidade a Dunga na Comary

22 jul 2014 - 16h17
(atualizado às 16h38)

A falta de privacidade na Granja Comary é um dos problemas que a Confederação Brasileira de Futebol terá que resolver se quiser que Dunga, substituto de Luiz Felipe Scolari no comando, a utilize. Durante a Copa do Mundo, centenas de pessoas se aglomeravam diariamente ao redor do local e, gritando, tiravam atenção dos jogadores nos treinamentos.

Capitão da equipe, Thiago Silva chegou a fazer alerta sobre isso antes mesmo da estreia no torneio. O zagueiro reclamou da presença de alguns convidados no dia a dia e da facilidade com que os moradores do condomínio onde fica o CT tinham para acompanhar as atividades. Além disso, a imprensa sempre esteve lá.

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"Ele (Neymar) passou por mim, fiz a falta, e um torcedor gritou de fora: 'calma, Thiago, deixa ele'. Eu ia responder ao torcedor, mas deixei quieto", observou, oito dias antes do primeiro jogo. "Eu ia pedir para ficar quieto. Como a maioria (dos convocados) joga na Europa, a gente não tem costume de ter torcida e imprensa. A gente treina tranquilo. Quando acontece uma coisa dessa, acaba que atrapalha o treino".

Os únicos momentos em que Felipão pôde comandar treinos fechados foram na véspera das partidas, em sessões realizadas no próprio estádio. A estrutura da Granja Comary (reformada ao custo de R$ 15 milhões para garantir mais conforto e segurança aos atletas) inviabilizava a restrição de acesso de jornalistas - além de estar situado dentro de um condomínio, o CT abrigava diversos veículos de imprensa (internacional, inclusive) 24 horas por dia.

Ao apresentar o novo treinador, nesta terça-feira, o presidente da CBF, José Maria Marin, admitiu preocupação com o assunto. "Já estamos cuidando desse tema. Há determinadas regras do condomínio com relação à própria cerca em torno do local. Estamos providenciando para que seja feito tudo de acordo com os demais moradores", disse o dirigente, sem entrar em detalhes. "Estamos esperando as primeiras providências do Dunga para estudar a melhor maneira com relação à privacidade".

Na primeira passagem pela Seleção, Dunga não utilizou o CT para preparar a equipe para o Mundial de 2010. Em vez disso, escolheu hospedar a delegação em um hotel reservado na África do Sul, bastante diferente daquele em que Carlos Alberto Parreira não conseguiu dar sossego ao time, quatro anos antes, em Weggis, na Suíça, antes da edição disputada na Alemanha.

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Gazeta Esportiva
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