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Pacaembu comportará menos torcedores com administração privada

17 set 2019 - 12h00
(atualizado às 12h00)

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) assinou, na última segunda-feira, o contrato de concessão do Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, à iniciativa privada pelos próximos 35 anos. O complexo esportivo passará a ser administrado pelo Consórcio Patrimônio SP, que venceu a concessão em fevereiro deste ano com a proposta de R$ 115.395.000,00 milhões, sendo que R$ 79,2 milhões já foram depositados pela empresa. O principal ponto de polêmica é a queda na quantidade de torcedores no local por conta da provável demolição do tobogã.

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Apesar das melhorias prometidas, consórcio pode fazer capacidade do estádio diminuir (Foto: Edson Lopes Jr/SECOM)
Apesar das melhorias prometidas, consórcio pode fazer capacidade do estádio diminuir (Foto: Edson Lopes Jr/SECOM)
Foto: Gazeta Esportiva

"Teremos um estádio mais moderno e com uma administração mais ágil, sem as dificuldades que a legislação coloca ao poder público seja para compra de um papel higiênico, seja para os novos refletores. Quem ganha com isso é a população da cidade", disse o prefeito. A prefeitura de São Paulo prevê economizar R$ 656 milhões com a concessão.

Segundo o site da prefeitura, o consórcio deverá "modernizar, melhorar a festão, operação e manutenção do complexo", além de "investir na infraestrutura, nas instalações, bem como na acessibilidade". Também está na alça de atuação a melhora na sinalização e comunicação visual, nos sistemas elétricos, hidráulicos, de telecomunicações, ar condicionado e iluminação. Vale lembrar que o Complexo também possui piscina olímpica, duas quadras de tênis e ginásio poliesportivo.

Um dos pontos positivos é que todas as gratuidades hoje em prática no complexo Pacaembu serão mantidas. "Não haverá mudanças em relação a situação atual tanto na disponibilização dos equipamentos para a Secretaria de Esportes quanto para população", afirmou o secretário do Governo Municipal, Mauro Ricardo.

Polêmicas

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Apesar das melhorias apresentadas, a concessão já trouxe à tona algumas polêmicas, como a demolição do tobogã construído em 1970 para a construção de um prédio de cinco andares, com 44 mil m² de área construída, com cafés, restaurante, lojas, espaços para eventos, entre outros. Se isso se concretizar, o número de torcedores presentes cairá consideravelmente: de 39 mil para 26 mil pessoas, apenas.

Além disso, Eduardo Barella, CEO do consórcio vencedor da licitação, disse à Folha de S.Paulo que os jogos não serão mais a principal fonte de renda do local. "Com a demolição do Tobogã e a construção de uma nova edificação, vamos atrair para o complexo inúmeras outras receitas. Aluguel de espaço, estacionamento, venda de alimentos e bebidas. Futebol deixará de ser a principal receita, vai corresponder a 15% da nossa receita"

Dessa forma, a quantidade de jogos no Pacaembu deve cair bastante, prejudicando alguns clubes brasileiros. Um dos grandes interessados no estádio é o Santos, que costuma mandar jogos no Pacaembu.

Essas obras devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2020, com duração estimada de 28 meses. Além das partidas, o consócio prevê trazer shows e outros eventos para o estádio. A praça Charles Miller e o Museu do Futebol não fazem parte da concessão, portanto, as atividades não deverão ser afetadas pelas reformas.

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Gazeta Esportiva
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