Léo Jardim, goleiro do Vasco, foi expulso por 'cera' no empate contra o Inter e é o 2º no ranking de tempo total de atendimentos no Brasileirão 2025, com 11 minutos e 28 segundos em seis paralisações.
A expulsão de Léo Jardim por 'cera' no empate por 1 a 1 entre Internacional e Vasco no último domingo, 27, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, deu novo tom a uma problemática que, há tempos, tira o sono do torcedor brasileiro (e por que não sul-americano?): a tática dos goleiros para atrasar o reinício dos jogos e ganhar segundos valiosos com a vantagem no placar.
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A tradicional cera é alvo de um embate velado entre atletas e entidades de futebol: em abril passado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) implementou a regra dos oito segundos, que delimita o tempo de posse de bola para os goleiros -- caso descumprida, é cedido escanteio para o time adversário.
Ainda assim, sob a perspectiva da arbitragem, os goleiros não deixam de valorizar impactos e lesões -- no caso mais recente, Léo Jardim caiu sobre o gramado enquanto se queixava de dores. Na súmula, o árbitro Flavio Rodrigues de Souza justificou que o arqueiro cruzmaltino já havia sido advertido e, quando solicitado a se levantar, 'negou-se'.
"Após ser advertido anteriormente por retardar o reinício de jogo, expulsei com segundo cartão amarelo o sr. Leonardo Cesar Jardim, nº 1 da equipe do Vasco da Gama, por de maneira desrespeitosa retardar o reinício de jogo da sua equipe", escreveu. Cinco minutos após a expulsão, Carbonero garantiu o empate para o Inter.
O arqueiro cruzmaltino, por sinal, aparece na segunda colocação em um ranking que lista os goleiros com mais tempo de atendimento médico no Campeonato Brasileiro de 2025, elaborado pelo ge. Até a 17ª rodada, Léo Jardim teve seis atendimentos, que totalizam 11 minutos e 28 segundos de jogo parado.
O líder da lista é Rafael, do São Paulo, que passou por oito atendimentos e teve 14 minutos de partida paralisada na temporada. Walter, do Mirassol, fecha o 'pódio' com seis atendimentos e 11 minutos e 19 segundos.
De acordo com o levantamento, 26 goleiros diferentes já solicitaram atendimento na atual edição do Brasileirão, com um total de 92 paralisações e duas horas, 29 minutos e 18 segundos de jogo parado.
A lista não faz distinção entre as paralisações por 'cera' e para o atendimento a lesões efetivas dos goleiros.
Por outro lado, das 92 paralisações para atendimento médico no Brasileirão 2025, 84 delas foram registradas quando o time do goleiro atendido estava vencendo ou empatando a partida: 49 com o time empatando (53%), 35 com o time vencendo (38%) e oito com o time perdendo (9%).
Veja, abaixo, os 10 goleiros com mais paralisações no Brasileirão 2025:
- Rafael (São Paulo): 8 atendimentos, 14'01'' paralisados;
- Léo Jardim (Vasco): 6 atendimentos, 11'28'' paralisados;
- Walter (Mirassol): 6 atendimentos, 11'19'' paralisados;
- João Ricardo (Fortaleza): 7 atendimentos, 11'06'' paralisados;
- Fernando Miguel (Ceará): 7 atendimentos, 11'02'' paralisados;
- Marcos Felipe (Bahia): 5 atendimentos, 08'57'' paralisados;
- Everson (Atlético-MG) 5 atendimentos, 8'32'' paralisados;
- Caíque França (Sport): 5 atendimentos, 8'05'' paralisados;
- Tiago Volpi (Grêmio): 5 atendimentos, 7'58'' paralisados;
- Gustavo (Juventude): 4 atendimentos, 7'38'' paralisados;