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"Foi quase uma guerra", diz procurador sobre São Januário

11 jul 2017 - 14h20
(atualizado às 14h48)

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva interditou o estádio de São Januário nesta segunda-feira, por conta da confusão ocorrida após o clássico entre Vasco e Flamengo, no último sábado, pelo Campeonato Brasileiro. Com a decisão da instituição esportiva, o procurador do STJD, Felipe Bevilacqua, afirmou que a medida foi tomada em função da gravidade desta última ocorrência e espera contar com a ajuda do Ministério Público para resolver a situação.

Após a derrota no clássico contra o Flamengo, torcedores do Vasco atiraram rojões em direção ao gramado e entraram em confronto com a polícia
Após a derrota no clássico contra o Flamengo, torcedores do Vasco atiraram rojões em direção ao gramado e entraram em confronto com a polícia
Foto: Jorge Rodrigues/Agência Eleven/Gazeta Press

Pela terceira vez, o time cruz-maltino atravessa problemas com confusões no estádio de São Januário. Mas, desta última, segundo o procurador, as consequências foram mais graves, levando o STJD a tomar uma decisão mais drástica, como a interdição do campo. "Não se pode comparar o último caso em São Januário com os outros dois casos que ocorreram lá. Foram casos de muito menor gravidade e muito menor complexidade, colocou integridade física de um número menor de pessoas e de forma menos gravosa. O que aconteceu sábado é uma situação muito aproximada com aquela do Coritiba e Fluminense em 2010, foi quase uma guerra", disse em entrevista ao canal Fox Sports.

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Diante de questionamentos pelo estádio não ter sido interditado antes, Bevilacqua afirmou que a estrutura de São Januário, em si, não trazia muitos riscos para o ocorrido. "O estádio ofereceu poucos problemas para que isso efetivamente tivesse ocorrido, a infraestrutura do estádio é muito boa, o que falhou foi a segurança e a estrutura das cabines reservadas aos profissionais de imprensa. Precisamos separar e saber exatamente o que aconteceu naquele caso (de sábado). Foram criminosos, que não são torcedores, que podem vir a fazer isso de novo em qualquer outro estádio", explicou.

"Isso é a prevenção e o efeito, a origem disso tudo, está nos torcedores ligados efetivamente a facções criminosas, são pessoas que não são torcedores, são pessoas que têm interesses e fins lucrativos com essa situação. São coisas que fogem um pouco do que podemos fazer como justiça desportiva", acrescentou.

Além disso, o procurador afirmou que o Ministério Público também é uma importante ferramenta para a contenção destes acontecimentos. "Quando os torcedores passam a ser criminosos, a justiça desportiva não compete mais. Nós estamos aqui, até como efeito exterior, na Uefa, na Fifa, para pegar um torcedor violento, punir o clube, para que o torcedor compreenda esse caráter pedagógico, junto com a punição do clube para que ele aprenda. Está muito distante com o que podemos fazer. Isso são criminosos profissionais e já compete à Polícia e ao Ministério Público conter essa relação", finalizou.

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Gazeta Esportiva
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