Yuri de Carvalho, atacante do Goytacaz, busca o título da Série B2 do Campeonato Carioca enquanto atua usando tornozeleira eletrônica, sete meses após deixar a prisão.
Sete meses depois de deixar a prisão, o atacante Yuri de Carvalho da Silva, do Goytacaz, pode encerrar a temporada, neste domingo, 7, como campeão da Série B2 do Campeonato Carioca. O camisa 18, que ainda usa tornozeleira eletrônica, contou como é jogar com o equipamento preso na perna.
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"Atrapalha bastante, incomoda. Mas o sonho que eu tenho de voltar a jogar profissional, como estou voltando agora, é bem maior do que esse incômodo", disse o atacante em entrevista ao Globo Esporte, da TV Globo.
Preso em 2018 por envolvimento com o tráfico, Yuri passou cerca de sete anos na Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Em maio, obteve progressão de regime e deixou a unidade prisional autorizado a trabalhar e treinar, desde que permanecesse monitorado.
O meia-atacante, de 30 anos, contou como conseguiu manter-se bem fisicamente na cadeia. "Lá tinha o banho de sol, que a gente tinha toda manhã. Eu procurava naquele pedaço de espaço manter minha forma. Geralmente tinha um futebol", explicou.
Na primeira partida da decisão da B2, empate em 1 a 1 com o Macaé, o jogador entrou no segundo tempo. As imagens da transmissão mostram a tornozeleira sob o meião azul da perna esquerda, detalhe que rapidamente repercutiu nas redes sociais.
Não há no regulamento da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, a Ferj, qualquer impeditivo para o uso do aparato eletrônico.