Rival do Flamengo no Mundial teve injeção de dinheiro e ‘varreu’ o futebol brasileiro em 2018

Pyramids atualmente conta com apenas um jogador brasileiro em seu elenco

12 dez 2025 - 04h59
Resumo
Flamengo enfrentará o Pyramids, do Egito, no Intercontinental; rival se destacou em 2018 ao investir em jogadores brasileiros e conquistou títulos importantes nos últimos anos.
Jogadores do Pyramids comemoram título da Liga dos Campeões da África
Jogadores do Pyramids comemoram título da Liga dos Campeões da África
Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

O Flamengo enfrentará um adversário inédito em sua história no próximo sábado, 13. Em busca de uma vaga na final da Copa Intercontinental contra o Paris Saint-Germain, o time comandado por Filipe Luís vai medir forças contra o Pyramids, do Egito, no Estádio Ahmad Bin Ali.

Apesar de estar na disputa do torneio internacional pela primeira vez, o clube do Cairo ficou famoso ao se tornar um pesadelo dos times brasileiros em um passado recente. Apenas na janela de meio de ano de 2018, o time egípcio surpreendeu ao contratar cinco destaques do futebol nacional.

Publicidade

O ‘pacotão’ incluiu até mesmo Rodriguinho, um dos destaques do título do Corinthians no Brasileirão de 2017, e Keno, peça importante do Palmeiras, que viria a ser campeão nacional no fim de 2018.

Além da dupla dos rivais paulistas, o Pyramids tirou Carlos Eduardo, Ribamar e Arthur Caíke de, respectivamente, Goiás, Athletico-PR e Chapecoense. O último dos citados, porém, sequer chegou a atuar devido ao limite de estrangeiros.

Para conduzir o projeto, Alberto Valentim foi o escolhido. A passagem do treinador brasileiro pela equipe, no entanto, durou pouco. Após apenas três jogos, ele foi demitido por desobedecer o presidente do clube, Turki al-Sheikh, e escalar Ribamar.

Foi justamente graças ao dirigente que o Pyramids viveu o salto financeiro em 2018. Fundado em 2008 e antes chamado de Al Assiouty Sport, o time foi adquirido por Al-Sheikh, que era conselheiro da Corte Real do Reino da Arábia Saudita e Autoridade Geral de Entretenimento.

Publicidade

A ‘brincadeira’ do empresário durou pouco e no ano seguinte, em 2019, a equipe egípcia foi vendida a Salem Al-Shamsi, dos Emirados Árabes Unidos, que mantém o controle do clube até hoje.

Passado o ‘boom’ inicial e com novo dono, o time egípcio deu uma pausa na busca por brasileiros. Atualmente, apenas o atacante amapaense Ewerton veste as cores dos atuais campeões da Champions League da África.

“Ser o único brasileiro do elenco me dá um sentimento especial nesse jogo. Eu conheço bem o futebol brasileiro e sei como o Flamengo gosta de jogar: é uma equipe intensa, de muita qualidade técnica e que pressiona o tempo todo. Mas também sabemos da nossa força e do quanto trabalhamos para chegar até aqui. Espero uma partida muito disputada, de alto nível, e estou preparado para ajudar o Pyramids a conquistar essa vaga para a final contra o PSG", disse o amapaense.

Ewerton comemora vitória no Intercontinental pelo Pyramids
Foto: Instagram/Ewerton

Mesmo sem a injeção de dinheiro, o Pyramids manteve seu projeto esportivo com o objetivo de fazer frente aos poderosos Al Ahly e Zamalek. O principal título foi justamente o da Copa dos Campeões da África. 

Publicidade

Em âmbito nacional, o time viveu o auge com a conquista da Copa do Egito, em 2023. Com destaque, também há as campanhas vice-campeãs do Campeonato Egípcio, em 2021/22, 2022/23 e 2023/24.

Para garantir um lugar na semifinal da Copa Intercontinental contra o Flamengo, o Pyramids precisou passar por Auckland City, da Nova Zelândia, e Al-Ahli, da Arábia Saudita. Os brasileiros, por sua vez, venceram o Cruz Azul, do México.

Fonte: Portal Terra
Fique por dentro das principais notícias de Futebol
Ativar notificações