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Isolada e hostilizada, Espanha deixa Brasil sem viver a Copa

24 jun 2014 - 10h49
(atualizado às 11h06)
<p>Diego Costa foi o alvo preferido de vaias e xingamentos nas três partidas da Espanha</p>
Diego Costa foi o alvo preferido de vaias e xingamentos nas três partidas da Espanha
Foto: Dylan Martinez / Reuters

O clima de festa e o envolvimento com a torcida que marcam a Copa do Mundo de 2014, definitivamente, não fizeram parte da rotina da Espanha em terras brasileiras. Os atuais campeões mundiais foram uma espécie de peixe fora d'água durante sua breve estadia para o torneio: isolados em Curitiba, com relação fria e distante com o público, constantemente vaiados e hostilizados nos estádios, eles deixaram o País pela porta dos fundos e com poucas boas lembranças.

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A Espanha foi certamente a seleção mais reclusa e inalcançável do Mundial para os torcedores. Mesmo na chegada ao Brasil, um forte aparato de segurança impediu qualquer contato direto com o público – a delegação foi escoltada pelo Exército desde o aeroporto. O time se concentrou no próprio CT do Caju, onde fazia seus treinos, e se fechou em sua redoma. As exceções foram um único treino aberto, uma saída a uma churrascaria e um dia de folga após a eliminação precoce contra o Chile ter sido confirmada.

Delegação da Espanha ignora torcedores na porta de churrascaria
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Entre a imprensa espanhola, não falta quem ache que a seleção errou ao não viver o "clima de Copa", preferindo o isolamento a se sentir parte da competição. Mas nas três ocasiões em que "romperam a bolha", o que os jogadores encontraram no Brasil não foi só a receptividade que o povo brasileiro tem demonstrado com outros países: houve sim tietagem de alguns fãs, muitas vezes bem recebida pelos atletas, mas também provocações e piadas com as derrotas espanholas.

As brincadeiras que os espanhóis tiveram que aturar em seus breves contatos com o público, porém, não se comparam à hostilidade que enfrentaram nos jogos em si. Holanda, Chile e Austrália pareciam que estavam jogando em casa na Fonte Nova, Maracanã e Arena da Baixada, respectivamente. Do início ao fim, os brasileiros vaiaram cada toque espanhol na bola; Diego Costa, em especial, foi constantemente xingado; nem mesmo as execuções do hino do país foram respeitadas.

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Claro, não parece haver ódio nos motivos para uma recepção tão ruim aos campeões. A maioria dos torcedores que vaiaram e xingaram admitiu que não tem nada pessoal contra os espanhóis, que é apenas uma questão esportiva de "torcer para o mais fraco". As ofensas a Diego Costa foram justificadas na mesma linha: "é só para mexer com ele", "estamos só brincando". Quase ninguém levava a sério a ideia de o atacante ser um "traidor da pátria".

Ainda assim, a Espanha deixa o Brasil sem ter sentido o ambiente receptivo e amigável que praticamente todos os outros times vivenciaram.  Cazorla disse que gostou do Brasil, e Pepe Reina agradeceu o "carinho das pessoas", reiterando que a eliminação na primeira fase aconteceu por questões "meramente futebolísticas". Os jogadores certamente não serão maltratados caso desejem passar as férias no Brasil, mas a seleção espanhola, pelo que viu em 2014, não pode esperar o mesmo tratamento caso volte um dia.

Fonte: Terra
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