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De cantoria a taxa de natalidade, Gobbi extravasa em adeus

6 fev 2015 - 21h09
(atualizado às 21h13)

Prestes a deixar o cargo de presidente do Corinthians, Mário Gobbi deu uma entrevista bem diferente do comum nesta sexta-feira. Em meio às declarações polêmicas e elevações no tom de voz, o dirigente em vários momentos fez brincadeiras, deu respostas inusitadas e até cantou. Um sinal de que, após três anos de mandato, chegou a hora de extravasar e colocar para fora toda a tensão que viveu – especialmente nesta semana, com a polêmica da torcida única no clássico contra o Palmeiras, domingo, no Allianz Parque.

"Atirei o pau no gato-to..."

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Perguntado se arcaria com os custos dos 12 mil lugares que o Palmeiras perderia no estádio se tivesse que usar o espaço para separar as torcidas no clássico, Gobbi deu uma resposta impagável. Apenas deu risada, olhou ironicamente para os lados e começou a cantar uma clássica cantiga infantil: "Atirei o pau no gato". A mensagem era clara: sob nenhuma circunstância o Corinthians pagaria pelas cadeiras vazias no Allianz Parque.

<p>Gobbi deu uma entrevista fora do normal na véspera de seu adeus à presidência do Corinthians</p>
Gobbi deu uma entrevista fora do normal na véspera de seu adeus à presidência do Corinthians
Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Raul Seixas, Chico Buarque e Mangueira

A cantoria de Gobbi não parou por aí. Mais tarde, o presidente cantou um pedaço de "Cowboy Fora da Lei", de Raul Seixas, para responder a outra pergunta: "eu não sou besta pra tirar onda de herói... Raulzito", sorriu o corintiano. No fim da entrevista, avisado que a FPF havia mudado sua postura e liberado os ingressos para o Corinthians, Gobbi novamente sorriu e emendou um pot-pourri: "Quando o Carnaval Chegar", de Chico Buarque, e um samba-enredo de 1985 da Mangueira: "Roda, baiana, levanta poeira do chão...".

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A favor do controle de natalidade no Brasil

Um dos temas mais frequentes da entrevista foi a segurança pública – especificamente, como combater a delinquência no futebol. Segundo Gobbi, as autoridades precisam atacar a causa, e não os efeitos da criminalidade. O presidente citou a importância de uma boa educação, saúde, ambiente familiar e inclusão social. Até aí, tudo normal. Até ele de repente defender o controle de natalidade no País – limitar o número de filhos que as famílias podem ter. "O Brasil tem que implantar a taxa de natalidade urgente. Quem não tem berço pode sair lá na frente um indivíduo que não pode viver".

Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Mandou o mundo inteiro estudar Direito

Em uma frase que já se tornou uma espécie de bordão de Mário Gobbi, o presidente voltou a mandar jornalistas estudarem Direito antes de comentarem ou perguntarem sobre questões jurídicas. Mas desta vez ele ampliou o alcance da sugestão, dizendo que "todo o mundo" devia estudar a disciplina. Além disso, ele se empolgou quando um jornalista que se disse formado em Direito fez uma pergunta usando termos mais técnicos. Porém, logo se irritou na resposta, mandou o repórter voltar para a escola e finalizou com jargões jurídicos que ninguém na sala de imprensa deve ter entendido.

Mensagem pessoal para Chico Lang

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Antes de sair da sala, Gobbi perguntou qual câmera na sala de imprensa era a da TV Gazeta. Quando localizou o cinegrafista certo, resolveu mandar uma mensagem pessoal ao jornalista Chico Lang, comparando-o ao profeta Nostradamus. "Chico 'Nostradamus' Lang, nossas mãos estão juntas. Agradecemos, lutamos juntos, um beijo no seu coração!".

Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Fonte: Terra
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