Com três resultados ruins em sequência — empate com Colômbia, derrota para o Peru e outro empate, com Senegal —, a Seleção brasileira vai enfrentar neste domingo (13) a Nigéria, no Estádio Nacional de Cingapura, sob pressão e ciente de que um novo tropeço pode trazer muito desconforto para a relação da cúpula da CBF com a comissão técnica. O trabalho de Tite já não goza de tanto prestígio assim entre os dirigentes da entidade e não lhe seria conveniente voltar da Ásia sem uma vitória sequer contra dois adversários inexpressivos.
Mesmo com a conquista da Copa América, disputada em junho e julho, no Brasil, Tite foi criticado internamente pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, por ter feito uma convocação “conservadora” para a competição.
O dirigente gostaria de ter visto naquela lista mais nomes compatíveis com o processo de renovação do time, visando à Copa do Mundo de 2022, no Catar. Para ele e parte de sua diretoria, Tite resolveu priorizar medalhões na Copa América a fim de ter mais condições de ganhar o título e não pensou, naquele momento, numa projeção do grupo para o próximo Mundial – o que seria o ideal para a CBF.
Há ainda outro fator de incômodo para Tite na atual composição do grupo que responde pelo futebol da Seleção principal na CBF – trata-se da presença do coordenador Juninho Paulista num posto hierarquicamente superior ao do treinador e que passou a ocupar o cargo sem nenhuma consulta prévia a Tite, antes acostumado ao convívio com o então coordenador Edu Gaspar, indicação sua para a função.
Na mais recente série de resultados ruins da Seleção, em 2013, a CBF promoveu a troca de técnicos – saiu Mano Menezes e entrou Luiz Felipe Scolari.