Governo, CBF, calendário e Neymar; veja frases de Marin a rádio de SP

12 jun 2013 - 18h53
<p>Presidente da CBF concedeu entrevista e falou sobre diversos assuntos</p>
Presidente da CBF concedeu entrevista e falou sobre diversos assuntos
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O presidente da Confederação Brasileiras de Futebol (CBF), José Maria Marín, concedeu entrevista nesta quarta-feira à Rádio Bandeirantes de São Paulo. Ao longo de mais de uma hora, o dirigente máximo do futebol brasileiro falou sobre seu mandato à frente da entidade, mas também sobre a preparação da Seleção Brasileira e da Copa das Confederações. Comentou até mesmo sobre Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari e Neymar.

O único assunto no qual Marin não tocou, ou tocou de forma superficial, foi sua ausência na Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo. Governador do estado de São Paulo entre 1982 e 1983, ele não comentou sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog. De quebra, ainda admitiu ter processado o deputado federal Romário, um de seus principais oposicionistas.

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Confira os temas abordados por José Maria Marin:

GOVERNO FEDERAL

“Eu desconheço esse descontentamento. Tenho recebido por parte do governo federal, principalmente do Ministério do Esporte, todo o apoio necessário – não apenas para realizarmos uma grande Seleção Brasileira, como também uma grande copa do mundo.”

(Sobre a relação com o governo da presidente Dilma Rousseff)

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“Eu mantenho um grande círculo de amizades com vários representantes do PT. Posso citar o deputado federal Vicente Cândido (SP), que está apresentando um trabalho muito bom sobre os clubes brasileiros com o governo federal. Acontece que todo mundo cuida a sua função. Eu passo meu tempo inteiro cuidando da Seleção Brasileira e do COL.”

(Sobre a delegação de funções entre governo federal e COL)

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PRESIDÊNCIA DA CBF

“Com a Fifa, nunca tomei conhecimento de nada - ao contrário. A Fifa sempre me tratou com a maior distinção possível. Só tenho a agradecer ao presidente (Sepp) Blatter e ao secretário Jérôme (Valcke) o tratamento respeitoso, amigo. Às vezes, sai coisa na imprensa que não tem a menor procedência (...). Não posso todo dia ser pautado pela imprensa. Passaria o dia todo respondendo, principalmente coisas mentirosas. Quando eu vejo que tem mentira dolosa, entrego para os advogados. Tenho cinco processos correndo, e vai haver condenações. Não tenho a menor dúvida.”

(Sobre pressões para deixar o COL)

“Eu tenho a minha administração, o Ricardo teve a administração do Ricardo. Peguei a CBF totalmente em ordem. O Ricardo teve seu período, que eu considero muito bom através de números, pelas conquistas de diversos campeonatos. Encontrei uma casa em ordem, e tenho tentado aprimorar esta casa, aumentar as receitas de seus campeonatos – o que estamos conquistando. Houve melhoria muito grande na Série B. A CBF tem hoje a Série C e principalmente a Série D. Foi criada uma Série D com 40 agremiações de ponta a ponta do Brasil. Destaco: a CBF esta subsidiando este campeonato da Série D com 40 agremiações. E nenhuma dessas equipes vota em eleição.”

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(Sobre seu período à frente da CBF como sucessor de Ricardo Teixeira. Durante a entrevista, Marin foi lembrado que os presidentes de clubes não votam, mas os presidentes de federações – todas elas representadas na Série D – votam nas eleições da CBF)

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“A CBF e o COL não participam de forma alguma, nem indireta, de tomada de preço. Apenas acompanhamento e comunicação. E cobrança. Quanto ao resto, sobre o Ricardo e o doutor (João) Havelange, acho que isso já foi discutido, é assunto da Fifa. Não cabe a mim julgar. O doutor Havelange teve grande contribuição nas conquistas do Brasil. A Fifa chegou a essa força, essa enorme posição no futebol mundial, lembrando que Havelange foi um grande presidente e trabalhou por essa grandeza da Fifa. Ele merece no mínimo o respeito dos brasileiros.”

(Sobre denúncias envolvendo Ricardo Teixeira e João Havelange)

FUTEBOL BRASILEIRO

“A CBF não pode ser responsável pela administração de todos os clubes do Brasil. Vai depender da competência e da capacidade de administração de cada dirigente. Hoje, o Palmeiras esta na Série B. A CBF pode ser responsabilizada?”

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(Sobre as crises sobre clubes no Brasil)

“Nós somos um país continental. O Brasil é um continente. No nosso país, cabe quase 83% dos países da Europa. Uma Espanha, uma França, uma Alemanha, é do tamanho de um estado. Não podemos fazer um calendário pensando em um país da Europa. Entra também o aspecto clima. Não podemos fazer um calendário pensando no calendário europeu. Os diversos campeonatos que nos temos, até jogador que nós não vemos no brasil, mas está atuando lá fora... É totalmente diferenciado. Poucos sabe em que clube o Hulk jogou no Brasil. Parece que jogou um certo tempo no Vitória, um ou dois meses. E depois já foi embora.”

(Sobre o calendário do futebol brasileiro)

 A Fifa sempre me tratou com a maior distinção possível, disse Marin
Foto: Ricardo Stuckert/CBF / Divulgação
NEYMAR

“Dentro de suas possibilidades, de maior jogador brasileiro, está indo para fora no momento exato. Acho que o Neymar não tem mais nada a provar ou mostrar aos brasileiros. É o nosso maior jogador, sob todos os aspectos. Como jovem, como pai, como filho. O Neymar é um exemplo para todos nós, principalmente para a infância e para a juventude. O Neymar tem prazer, alegria e satisfação em jogar pela seleção brasileira.”

(Sobre o camisa 10 da Seleção Brasileira)

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SELEÇÃO BRASILEIRA

“Temos que ganhar (a Copa das Confederações). Se ganharmos, não pode haver euforia, deslumbramento. É uma etapa que foi cumprida. Se ganharmos a Copa das Confederações, ótimo – estimula e dá menos pressão. Não pode haver deslumbramento. Agora, a Copa do Mundo ficou mais fácil? Pelo contrário. O Brasil já é respeitado em todo o mundo, somos um país campeão mundial cinco vezes. Se perdermos, temos que nos preparar melhor ainda para a Copa do Mundo.”

(Sobre a pressão por título em casa na Copa das Confederações)

“Todas as decisões do Felipe serão referendadas por mim (...) Eu mesmo, quando desse episodio da liberação dos jogadores (Dante e Luiz Gustavo), em que nós exigimos os jogadores do Bayern, eu ouvi a opinião do Felipão. Quis ouvir em primeiro lugar o Felipe. Ele disse: ‘eu preciso dos jogadores’. Não quero ouvir para que ele precisa. Vou defender. Já que está no regulamento, precisa ser cumprido. Exigi a presença dos dois jogadores. As condições que ele quer de trabalho aos jogadores, eu atendi ao Felipe.”

(Sobre o respaldo ao técnico Luiz Felipe Scolari na exigência da liberação de atletas junto ao Bayern de Munique)

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Fonte: Terra
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