F1: Presidente da FIA quer retorno de motores V8 em 2029 e almeja 12ª equipe no grid

Sulayem vê apoio crescer para retorno dos motores V8 mais baratos na F1 e cogita 12ª equipe, possivelmente da China

8 jul 2025 - 09h09
Presidente da FIA reforça motores V8 para 2029 e busca nova equipe para o grid
Presidente da FIA reforça motores V8 para 2029 e busca nova equipe para o grid
Foto: Reprodução / F1

O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, voltou a defender publicamente a ideia de uma Fórmula 1 mais acessível, apostando na possibilidade de reintroduzir motores V8 a partir de 2029. Durante o fim de semana do Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone, o dirigente afirmou que o movimento por uma categoria menos cara está ganhando força, tanto entre as equipes quanto na gestão comercial da F1.

"Para nós, o V8 está a caminho", disse Ben Sulayem em entrevista à Reuters. "Estou otimista. As equipes estão percebendo que esse é o caminho certo e a FOM [Formula One Management] também está apoiando."

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Apesar de os novos motores híbridos de 2026 já estarem em desenvolvimento, o presidente acredita que há espaço para rever a direção tecnológica da categoria, mirando um modelo mais simples e sustentável financeiramente. “O motor atual é incrivelmente complexo e caro. A pesquisa e desenvolvimento chega a custar US$ 200 milhões. Só o motor, por unidade, sai entre US$ 1,8 milhão e US$ 2,1 milhões. Com um V8, podemos mudar esse cenário”, explicou.

Ainda que a FIA deseje simplificar as unidades de potência, a entidade reconhece a necessidade de manter elementos de eletrificação e o uso de combustíveis sustentáveis, como já ficou estabelecido em uma reunião com os fabricantes de motores realizada no início do ano, no Bahrein. Desde então, não houve novos encontros formais sobre o tema, e qualquer decisão futura dependerá do aval da FIA, da FOM e da maioria qualificada entre os fabricantes envolvidos.

A ideia de Ben Sulayem é apostar em motores V8 mais leves, híbridos e alinhados com o que já existe no mercado automotivo — o que também ajudaria a reduzir o peso mínimo dos carros, uma demanda crescente na F1 atual. “Muitas montadoras produzem V8s comercialmente. Faz sentido para elas também. A meta é reduzir mais de 50% dos custos em todos os aspectos”, comentou.

Última vez que a categoria correu com motores v8 foi em 2013, antes da implementação dos motores híbridos
Foto: Reprodução / F1

Além da discussão sobre motores, o presidente da FIA também voltou a falar sobre a possível entrada de uma 12ª equipe na F1. Depois da tentativa prolongada de incluir a Cadillac, marca da General Motors, a partir de 2026, Ben Sulayem agora mira uma nova proposta que poderia vir da China.

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No momento, não há nenhum processo formal em andamento, mas ele reforçou que qualquer candidatura terá que passar pelo mesmo processo rigoroso de avaliação da FIA e da FOM. “Chegará o momento certo para abrir uma nova chamada. Mas não faremos isso por impulso. A equipe precisa realmente agregar valor ao futuro da F1 como negócio”, finalizou.

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