As primeiras ações da Fórmula E foram sob condições adversas, com o Treino Livre 2 cancelado e a classificação decidida apenas com a fase de grupos, o sábado chuvoso em Berlim teve destaque para Mitch Evans, da Jaguar Racing, que se igualou a Sébastien Buemi como o piloto com mais vitórias na categoria.
Apesar dos olhos inicialmente estarem voltados para a possível decisão do campeonato, o neozelandês tomou os holofotes para si desde a classificação, onde fez um tempo muito melhor que os pilotos que estavam no mesmo grupo, colocando mais de 1 segundo de diferença.
Na largada, Evans conseguiu se manter na ponta, enquanto Jake Dennis não conseguiu nem sequer sair de sua posição, isso gerou o primeiro safety car da prova.
Oliver Rowland não largou bem, caindo para a quinta posição, superado por Maximilian Günther e um de seus rivais no campeonato, Antônio Félix da Costa.
Nick Cassidy, Felipe Drugovich e Sébastien Buemi foram alertados de suas punições de drive through, já que não poderiam pagar em posições.
Na relargada, os dois pilotos da Porsche apostaram na estratégia de acionar o modo ataque logo no começo da corrida, buscando evitar que Rowland conquistasse seu primeiro título já na primeira corrida do fim de semana.
As disputas continuaram intensas no pelotão e Maximilian Günther abriu os trabalhos no pit boost na volta 19, onde as estratégias baseadas nesta parada começaram a aparecer.
Na volta 29, novamente o safety car foi acionado, após um incidente entre o brasileiro Sérgio Sette Câmara e David Beckmann, com o mineiro punido com 10 segundos por causar a colisão.
Além disso, o acionamento do safety car levou tudo que Mitch Evans construiu ao longo da corrida, não servirem de nada. O piloto da Jaguar chegou a liderar corrida com 3s de diferença, e tanto ele, quanto Pascal Wehrlein, que vinha atrás, ainda tinham um modo ataque a ser acionado antes de relargada ser autorizada com apenas sete voltas para o final.
Jean-Éric Vergne, que estava na terceira posição começou a cair no pelotão e recolheu para os pits. Mas o drama maior ficou com Oliver Rowland, que poderia ser campeão neste sábado, mas ficou lento na pista e também abandonou a corrida.
No replay da transmissão, foi possível ver a confusão que originou o abandono do líder do campeonato, que também colidiu com Stoffel Vandoorne. Felipe Drugovich parecia estar envolvido, segundo a reclamação do britânico, mas não foi incluído na investigação.
Após o acionamento de modo ataque de Evans e Wehrlein, o atual campeão chegou muito perto de ultrapassar o piloto da Jaguar, que soube segurar até a linha de chegada. Com isso, Wehrlein vai para a segunda corrida tirando 19 pontos de diferença para Rowland, que ainda tem 50 pontos de vantagem.
Do outro lado da garagem da Porsche, Antônio Félix da Costa foi punido com 5 segundos ao final da corrida por causa de uma colisão com Jake Hughes. O português havia terminado na terceira posição, e com isso, Edoardo Mortara foi promovido ao pódio. A Fórmula E volta às pistas neste domingo (13) para a Corrida 2 de Berlim
