"Aprendiz", Rubinho diz que espera trazer título na Stock Car

27 fev 2013 - 12h01
(atualizado às 12h06)
<p>Barrichello disputa primeira temporada completa na Stock Car em 2013; abertura do campeonato ocorre em Interlagos, neste domingo</p>
Barrichello disputa primeira temporada completa na Stock Car em 2013; abertura do campeonato ocorre em Interlagos, neste domingo
Foto: Miguel Costa Jr./MF2 / Divulgação

Quarenta anos de idade, 323 Grandes Prêmios disputados na Fórmula 1, título da Fórmula 3 Inglesa e uma temporada na Fórmula Indy. Apesar desses números, Rubens Barrichello se vê como um “aprendiz” às véspera de disputar o primeiro campeonato completo na Stock Car. Em entrevista exclusiva ao Terra na manhã desta quarta-feira, ele elogiou sua equipe, a Medley/Full Time, e falou em conquistar um título com a escuderia – embora não tenha especificado uma data para alcançar o objetivo.

“Minha equipe com certeza é uma das melhores. Ainda falta um titulo para a equipe, que eu espero poder ajudar a trazer”, afirmou Barrichello. Em 2012, o brasileiro competiu nas últimas três etapas da Stock Car – em Curitiba, Brasília e São Paulo – como convidado do mesmo time. Para 2013, assinou contrato para disputar a temporada inteira, que começa neste fim de semana no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, na capital paulista.

Publicidade
"Não esperava correr de Stock Car tão cedo", diz Barrichello
Video Player

“O campeonato é muito disputado e tem veteranos que entendem muito de Stock Car. Ainda sou um aprendiz”, disse o piloto, especificando as dificuldades na adaptação depois de correr muitos anos de monoposto. “Toda a experiência que tenho serve, mas é difícil saber exatamente o que quero com a porta fechada. É muito diferente dos carros de rua e dos 20 anos em que estive no exterior com a visão do pneu – que agora não tenho”.

Após deixar a Williams e encerrar um período de 19 anos seguidos na F1, Barrichello competiu na Indy na última temporada ao lado do amigo Tony Kanaan na equipe KV Racing. Em 15 provas, conseguiu o quarto lugar em Sonoma como melhor resultado e tinha proposta para permanecer na categoria – com a Sam Schmidt –, mas preferiu aceitar o convite da Stock Car.

A opção pelos carros de turismo teve alguns fatores como o fato de ficar mais próximo da família – da mulher Silvana e dos filhos Eduardo, 11 anos, e Fernando, 7. “Nesse convite para que participasse das três últimas provas (em 2012) pude doar o cachê para o Instituto Barrichello Kanaan e foram provas excelentes, realmente me apaixonei. Foi unir o útil ao agradável: continuar fazendo o que amo e estar mais perto de casa”, disse.

Na Stock Car, Barrichello ainda poderá desbravar algumas cidades do Brasil, País o qual admite não conhecer a fundo após deixá-lo aos 16 anos de idade para fazer carreira na Europa. “De kart fazia muitas viagem pelo litoral paulista, mas realmente não conheço muito e vou poder conhecer um pouquinho mais, levar minha família para Fernando de Noronha, um lugar que posso conhecer”, afirmou ele, que agradeceu ainda o carinho do público nas três provas anteriores em que já teve experiência que teve de correr em casa pela categoria nacional.

Publicidade

“É uma coisa muito gostosa ter o carinho do publico. A partir do momento em que aprendi que 33% das pessoas gostam de você, 33% não gostam e 33% não se importam, comecei a relaxar um pouquinho, porque satisfazer a todos é muito difícil. Muitos acham que situações que ocorreram no passado são determinantes para o presente e para o futuro e não são. Sempre fui uma pessoa que tentei passar essa coisa pacífica”, afirmou ele.

Falando sobre o mesmo assunto, Barrichello contou ter dado os ensinamentos recebidos do pai, Rubens, quando o filho, Eduardo, estreou na Copa São Paulo de Kart, disputada no Kartódromo da Granja Vianna, no último fim de semana.

“Falei: ‘lute, sim, pelo seu ideal e agarre a oportunidade com tudo o que pode, mas não faça nada que seja desonesto, você tem que voltar para casa com dignidade’. (Quando fui embora) meu pai falou: ‘vá e volte do mesmo jeito’, então é dessa forma que vou repassar para meus filhos no futuro”, afirmou Barrichello, que chegou a chorar ao ver o filho andando de kart. Ele ressaltou que Eduardo teve a experiência por opção própria. “Não coloquei ele lá. Foi muito emocionante”, disse o paulistano que está de volta, desta vez de forma fixa e não temporânea, ao País natal.

Publicidade
Fonte: Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se