Excluído das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, devido a um escândalo de doping, o atletismo da Rússia teria no Comitê Olímpico Internacional (COI) uma chance de reverter o gancho, mas a entidade enterrou essa hipótese com um comunicado divulgado neste sábado (18).
No comunicado, o COI afirma que a admissão de atletas em qualquer torneio internacional, incluindo as Olimpíadas, é uma questão que diz respeito a cada federação. Além disso, o comitê alega que há "plena comunhão" entre sua visão e a da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) sobre a suspensão.
O próprio vice-presidente do COI, John Coates, havia afirmado horas antes que a entidade não iria "arruinar" o veredicto. Em sua sentença, a Iaaf se baseou em relatórios da Agência Mundial Antidoping (Wada) que acusam a Federação de Atletismo da Rússia (Araf) de ter criado, com apoio estatal, uma rede de fornecimento de substâncias ilícitas para atletas e de fraudes em exames.
Por sua vez, a Araf, também por meio de nota, disse estar "decepcionada" com o gancho e confirmou que usará "todos os meios legais" para levar os competidores russos aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O país é uma das maiores potências do atletismo mundial e nas últimas Olimpíadas, em Londres, conquistou sete medalhas de ouro, quatro de prata e cinco de bronze, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.