Betinho Marques - É hora do Galo voltar em sintonia fina

Com a maior sequência invicta entre os clubes da Série A, Atlético pode, neste recomeço do Brasileirão, manter a sua boa fase e subir na tabela

7 jul 2025 - 19h24
Cuca teve tempo para preparar o time atleticano para a sequência do Brasileirão.
Cuca teve tempo para preparar o time atleticano para a sequência do Brasileirão.
Foto: Pedro Souza / Atlético / Jogada10

Um mês de abstinência. Descanso, sossego, ansiedade, saudade e especulações diversas. Mas, graças a Deus, o Galudo está voltando. E no próximo fim de semana, em terra baiana abençoada, tem Atlético x Bahia num embate direto na parte alta do Brasileirão.

Com a maior sequência invicta entre os clubes do campeonato nacional, o time comandado por Cuca terá a chance de manter a boa guinada — e até ultrapassar o bom Tricolor de Aço na tabela de classificação. O Bahia soma 21 pontos, apenas um a mais que o Alvinegro.

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A realidade e a sintonia

Se após o término do Campeonato Mineiro Cuca apontava a necessidade de reforços para dar profundidade ao elenco, a entrevista coletiva de Rafael Menin — um dos principais acionistas da SAF atleticana — trouxe mudança no tom.

Alexi Stival passou a sinalizar compreensão sobre as limitações financeiras do clube e destacou que todos precisam "jogar juntos", buscando o melhor para o Atlético. Prometeu, mais uma vez, entregar seu melhor trabalho e dar a contribuição necessária.

É sabido que o Galo ainda precisa preencher melhor o elenco, mirando mais profundidade e competitividade. Porém, como nos ensina a economia: os recursos são escassos e os desejos, insaciáveis. Se não houver alinhamento de ideias e um desdobro hercúleo dos envolvidos, tudo permanecerá apenas no discurso.

Cuca teve tempo para preparar o time atleticano para a sequência do Brasileirão.
Foto: Pedro Souza / Atlético / Jogada10

Erro zero, Galo!

Com a necessidade de aportar pelo menos R$ 500 milhões nos próximos três meses para dar fôlego ao caixa — cuja dívida de curto prazo, e onerosa, se aproxima de R$ 1 bilhão — o erro não é mais permitido no Atlético.

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Cuca precisa escalar bem e fazer o time jogar. A diretoria deve cumprir salários e obrigações de trabalho. Novos jogadores como Iván Román, João Marcelo e Rômulo precisam ganhar minutos para se valorizarem, e a bola precisa continuar entrando. Só assim haverá calmaria no ambiente e será possível reconectar a simbiose entre torcida, time e diretoria. Em busca de legados.

Mais uma vez: o Atlético, no segundo semestre, não pode errar no básico.

Não há mais tempo para o ego dominar um clube tão popular. É hora da gestão da SAF pagar em dia. É hora de Cuca entender a necessidade de experimentar quem pode render ao clube no futuro — abrindo mão das hierarquias, se for preciso. Enfim, é hora dos atletas jogarem uns pelos outros, para que o ano seja de orgulho, não de lamento.

Cada um com sua fatia da "pizza" da responsabilidade. Sem transferência de culpa, mas com ações uníssonas — e menos PowerPoint com planos inexequíveis ou facilmente esquecíveis.

A Massa está com saudade do Galo. Mas do Galo com sangue nos olhos, nas esporas, nas veias — e na essência.

Graças a Deus, a abstinência está acabando. É hora de voltar em sintonia fina.

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Galo, som, sol e sal é fundamental.

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