Lance Armstrong sente que é o bode-expiatório de um esporte que sempre foi sujeito à trapaça, confirme declarou em entrevista por e-mail ao site Cyclingnews. Mas o ex-atleta americano, que perdeu os sete títulos da Volta da França após admitir ter feito uso de substâncias proibidas, disse assumir as consequências.
"Na verdade, eu acho sim", respondeu Armstrong quando questionado se se sentia bode-expiatório de todo um sistema ou esporte. "Mas eu entendo o porquê. Nós fazemos a cama em que deitamos", acrescentou.
Armstrong, 41 anos, confessou neste mês o uso de doping. Ele utilizou drogas para melhorar a performance desde meados dos anos 1990 até 2005. Ele acredita, no entanto, que todas as gerações de ciclismo trapacearam.
"Minha geração não foi diferente de qualquer outra. A 'ajuda' evoluiu ao longo dos anos, mas o fato continua: nosso esporte é muito difícil, o Tour foi inventado como um 'truque'... e por um século todos os (ciclistas) procuraram vantagens", disse.
"Desde pular em trens cem anos atrás para o EPO agora. Nenhuma geração ficou isenta ou 'limpa'. Nem a de Merckx, nem a de Hinault, nem a de LeMond, nem a de Coppi nem a de Gimondi, nem a de Indurain, nem a de Anquetil, nem a de Bartali e nem a minha", concluiu.
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O americano Caleb Moore, 25 anos, tem poucas chances de sobreviver após um acidente ocorrido na última quinta-feira, em Aspen, no Winter X Games. Ele competia na categoria Snowmobile Freestyle
Foto: AP
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Moore fazia um backflip após um salto na última quinta-feira quando não conseguiu completar o giro no alto de uma montanha. Ele foi alçado para frente do snowmobile no momento em que os esquis atingiram o chão. O veículo, cujo peso beira os 200 kg, atingiu o atleta na sequência
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Moore deixou o local caminhando com ajuda de funcionários e se dirigiu a um hospital com uma concussão
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Mais tarde, exames identificaram sangramento na região do coração do esportista. Sua família disse que ele também teve uma complicação no cérebro. Caleb não está bem, absolutamente, disse seu avô, Charles Moore, ao jornal The Denver Post. O prognóstico não é bom. É quase certo que ele não vai sobreviver
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