O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 17, que Pequim entrou em contato com os Estados Unidos após a aplicação de tarifas de 145% sobre importações da China.
Em entrevista aos repórteres na Casa Branca, o republicano não informou em que etapa estão as negociações e com quem ele conversou, mas que é "bastante óbvio que (o presidente chinês) Xi entrou em contato conosco". Segundo ele, há "muito tempo" para realizar as conversações.
O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quinta-feira que tem mantido comunicação de nível operacional com seus equivalentes dos EUA e que permanece aberto ao diálogo com base no "respeito mútuo".
Também presente na Casa Branca, o secretário do Comércio americano, Howard Lutnick, declarou que o governo está confiante em que os impasses com a China se resolverão.
"China gostaria que fizéssemos o acordo que temos", alegou Trump, dizendo que tem também um acordo sobre o TiTok, mas que o país asiático precisa assiná-lo.
Sobre as negociações de tarifas com outros parceiros comerciais, o mandatário pretende fechar acordos em três ou quatro semanas. "Se não fecharmos negócio, vamos definir uma tarifa. Países podem pagar ou ir para outro lugar fazer negócio", acrescentou.
Perguntado a respeito da relação entre a Nippon Steel e a US Steel, ele afirmou que quer manter a US Steel nas mãos dos americanos e que a Nippon pode se tornar uma investidora ou parceira, tendo a possibilidade e fazer parte das negociações atuais com o Japão.
Trump ainda reiterou que irá tarifar chips "em breve" e que os EUA provavelmente precisarão triplicar o fornecimento de eletricidade para sustentar o uso da inteligência artificial.