5 pilares da inteligência emocional para a gestão de equipes

Veja como algumas atitudes podem melhorar significativamente o ambiente de trabalho

9 abr 2024 - 19h00

Em 1995, Daniel Goleman popularizou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ao publicar um livro de mesmo título. Referido por muitos como o "pai da inteligência emocional", ele, que é doutor em Psicologia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, classificou a IE como a capacidade que possuímos para identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, permitindo que nos motivemos e controlar nossos sentimentos tanto nas relações inter quanto intrapessoais.

A inteligência emocional contribui para criar um ambiente de trabalho de confiança entre gestão e liderados
A inteligência emocional contribui para criar um ambiente de trabalho de confiança entre gestão e liderados
Foto: Zamrznuti tonovi | Shutterstock / Portal EdiCase

De extrema importância, a IE também afeta o ambiente corporativo: afinal, tanto gestor quanto funcionários estão lidando com situações extremamente complexas que demandam muito de seu emocional. Quando nos deparamos com situações que requerem interpessoalidade, é importante, no papel de líder, saber como se comportar diante dos problemas que podem aparecer no meio do caminho.

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Pilares da inteligência emocional

Como o conceito de inteligência emocional se baseia em habilidades comportamentais, há alguns pilares essenciais para fazê-lo funcionar listados abaixo. Além disso, segui-los é de suma importância para podermos nos desenvolver como indivíduos em uma sociedade.

1. Autoconsciência

Capacidade fundamental para os líderes entenderem e reconhecerem seus próprios sentimentos e reações diante das situações. Isso inclui diferenciar suas emoções do contexto e das necessidades da equipe, evitando respostas impulsivas e contraproducentes.

2. Autorregulação

Envolve a habilidade de adotar estratégias que gerenciem de forma eficaz as próprias emoções e as da equipe. Os líderes devem controlar suas reações emocionais, mesmo em situações desafiadoras, para oferecer feedback construtivo e promover um ambiente de trabalho saudável.

3. Empatia

Essencial na liderança para compreender sentimentos e perspectivas dos membros da equipe. Ao se colocar no lugar dos colaboradores, os líderes podem adotar estratégias que promovam a satisfação mútua e fortaleçam as relações interpessoais.

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4. Motivação 

Capacita os líderes a motivarem e engajarem a equipe em direção aos objetivos comuns. Eles podem mobilizar os sentimentos e emoções dos colaboradores, ajudando-os a enfrentar desafios e alcançar seu máximo potencial.

5. Habilidade social

Expressão prática da inteligência emocional na liderança. Isso inclui a capacidade de oferecer feedback construtivo, comunicar de forma assertiva, não violenta e empática e liderar com compaixão, promovendo um ambiente colaborativo e produtivo.

Quando o líder demonstra preocupação com as necessidades da equipe, fortalece o vínculo entre os colaboradores
Foto: fizkes | Shutterstock / Portal EdiCase

Inteligência emocional na gestão de equipes

Reconhecer e tratar as vulnerabilidades de forma sensível é essencial, ainda mais quando a empresa passa por momentos de dificuldade e instabilidades. Quando um líder demonstra preocupação com as necessidades de sua equipe, ele é capaz de criar relações de confiança baseadas na reciprocidade, incentivando o comprometimento do time como um todo.

Investir no desenvolvimento da inteligência emocional é prioritário para os gestores. Essa competência não só fortalece seu vínculo com a equipe, mas também contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

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A seguir, estão os principais benefícios da inteligência emocional na gestão de equipes:

  • A adoção de estratégias adequadas para cada situação aprimora as relações interpessoais e promove uma atmosfera positiva no ambiente profissional;
  • O tratamento de questões de trabalho por meio do diálogo fomenta relações transparentes e constrói laços de confiança com a equipe;
  • A redução de conflitos, especialmente os advindos de uma má relação com os próprios sentimentos, evita que eles se intensifiquem e facilita a implementação de soluções eficazes;
  • O cultivo de relações mais saudáveis destaca a importância do autocuidado para todos os membros da equipe;
  • A tomada de decisões racionais, isto é, sem influência de emoções negativas ou necessidades pessoais não atendidas, contribui para o alto desempenho da equipe e o fortalecimento das relações interpessoais no trabalho.

Um gestor capaz de colocar em prática os conceitos da inteligência emocional tem em mãos uma importante ferramenta de liderança. O principal benefício disso tudo é uma melhoria significativa no ambiente de trabalho, que fica mais leve e agradável, e contribui para maior produtividade e bem-estar da equipe.

Por Mara Leme Martins

PhD. Vice Presidente do BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo

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