Maia defende implementar capitalização somente quando 'economia voltar a crescer'

O presidente da Câmara confirmou que as mudanças no BPC e nas aposentadorias rurais já estão fora do texto em discussão no Congresso

22 mai 2019 - 13h58

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-b), defendeu nesta quarta-feira, 22, que a criação de um novo regime de capitalização para a Previdência seja aprovada agora, mas implementada apenas quando a economia brasileira voltar a crescer com solidez.

"Podemos aprovar capitalização agora, mas deixar regulamentação para outro momento, quando Brasil voltar a crescer. Capitalização como está proposta pelo governo está muito cara. Custo de R$ 400 bilhões é alto para um momento de recessão", afirmou, no Seminário Previdência, organizado pelo jornal Correio Braziliense.

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Maia lembrou que a sociedade demanda saúde, educação e infraestrutura - enquanto parte significativa do gasto público se concentra na Previdência. "Também olhamos para frente, para reformas tributária e administrativa", completou.

Maia disse que "solitariamente" defende que a reforma da Previdência valha também para os Estados
Maia disse que "solitariamente" defende que a reforma da Previdência valha também para os Estados
Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL / Estadão

Maia confirmou que as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas aposentadorias rurais já estão fora do texto em discussão na Câmara. Segundo ele, porém, é preciso achar uma solução para as discussões sobre o abono salarial para que a proposta tenha condições de ser aprovada no plenário.

Ele defendeu ajustes na proposta para garantir uma regra de transição mais adequada para os servidores públicos, mas disse ser "100% defensor" da alíquota progressiva para o funcionalismo.

Maia disse que "solitariamente" defende que a reforma da Previdência valha também para os Estados. Para ele, os governos estaduais precisam de recursos para investirem em segurança pública.

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"Acho que Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul precisam inclusive de alíquotas maiores para os servidores estaduais. O Rio de Janeiro precisaria de alíquota de 30%. Nem me candidato ao governo estadual porque não vou mentir sobre isso", afirmou.

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