Kirchner critica "fundos abutres" e elogia banco do Brics

16 jul 2014 - 17h16
(atualizado às 17h57)
<p>Kirchner elogiou a iniciativa de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, firmada ontem pelos países Brics</p>
Kirchner elogiou a iniciativa de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, firmada ontem pelos países Brics
Foto: Felipe Dana / AP

Em sua intervenção na reunião entre o bloco emergente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) com países sul-americanos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, reclamou a execução de dívidas do país por parte dos chamados “fundo abutres”. Esse tipo de fundo comprou parte da dívida argentina e executa na Justiça o pagamento total, inviabilizando a negociação que Buenos Aires conduzia com os credores.

“Estes fundos abutres não foram investidores na Argentina, compraram bônus em 2008, quando já haviam passado sete anos da declaração do default (impossibilidade total de pagar a dívida)”, disse a presidente argentina aos demais chefes de Estado ou de governo presentes no encontro. “Eles nunca emprestaram dinheiro à República Argentina, mas compraram por centavos uma dívida de US$ 48 milhões”, alegou Cristina.

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Diante da situação complicada pela qual a Argentina vem passado para fechar suas contas e resolver sua questão de dívida externa, Cristina Kirchner defendeu a reforma de mecanismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial. Ela aproveitou para elogiar a iniciativa de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, firmada ontem pelos países Brics. “Acreditamos que essa decisão de criar um banco é uma resposta mais do que adequada (à disposição da governança global atual)”, afirmou a presidente argentina.

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Cristina ainda disse que o Brasil se comprometeu a levar o tema da dívida soberana ao debate da próxima reunião do G20, grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo mais a União Europeia. “A presidente Dilma Rousseff vai levar o tema da reestruturação de dívida soberana”, anunciou Cristina ao deixar o encontro oficial, no Palácio Itamaraty, em Brasília. “Porque não é um tema da Argentina, mas que pode afetar a todos os países. De fato, afetou ao Brasil durante 20 anos de modo que ela diretamente propôs como tema a discutir no próximo G20 na Austrália.”

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Fonte: Terra
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