JBS, Marfrig e Minerva são habilitadas a exportar carne bovina do Brasil à Tailândia

26 mai 2020 - 10h50
(atualizado às 15h50)

A JBS, a Marfrig Global Foods e a Minerva Foods, os três maiores frigoríficos exportadores de carne bovina do Brasil, estão entre as cinco companhias que receberam aprovação da Tailândia para embarcar a proteína ao país, disseram as empresas.

Processamento de carne bovina em frigorífico da Marfrig em Promissão (SP) 
07/10/2011
REUTERS/Paulo Whitaker
Processamento de carne bovina em frigorífico da Marfrig em Promissão (SP) 07/10/2011 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A Minerva enviou um comunicado ao mercado nesta terça-feira confirmando a habilitação, conforme antecipado pela Reuters na noite de segunda-feira, quando o Ministério da Agricultura anunciou a abertura dos tailandeses para a proteína brasileira.

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A unidade da Minerva que foi habilitada está localizada em Palmeiras de Goiás (GO), com capacidade diária de abate de 2.000 cabeças. A planta é a maior da empresa no Brasil.

"Com uma população de aproximadamente 70 milhões de habitantes, a Tailândia figura entre os principais mercados do sudeste asiático, e sua abertura para a carne bovina brasileira configura mais uma oportunidade para o crescimento de nossas exportações", disse o comunicado da Minerva.

A Marfrig poderá exportar com uma unidade em Ji-Paraná (RO), segundo a empresa.

Já a JBS recebeu a aprovação para uma de suas duas unidades em Campo Grande (MS), informou a companhia.

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As duas outras empresas aprovadas para exportar carne bovina ao país asiático são a Frialto, com uma unidade habilitada em Matupá (MT), e a Masterboi, com uma planta aprovada em São Geraldo Araguaia (PA), segundo documento com detalhes das empresas aprovadas visto pela Reuters.

O Ministério da Agricultura disse que a Tailândia importou em 2019 cerca de 90 milhões de dólares em carne bovina do mundo todo e a Austrália participou da metade desse valor, em função de acordo de livre comércio entre os dois países que reduz tarifas de embarque.

No entanto, a INTL FCStone avalia que o principal concorrente do Brasil naquele mercado deve ser a Argentina, para fornecimento de cortes de valor mais acessível, como os utilizados em hambúrgueres.

O país vizinho também conta com uma moeda desvalorizada e pode travar com os exportadores brasileiros uma disputa em torno dos preços mais competitivos.

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Com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), a consultoria ressaltou que os argentinos aparecem na segunda posição entre os principais fornecedores de carne bovina à Tailândia, atrás apenas dos australianos.

Com a Austrália e Nova Zelândia, a FCStone pontuou que o Brasil tende a competir no mercado tailandês no segmento de cortes de maior valor agregado.

"Especialmente após o grave problema climático que a Austrália enfrentou no último ano, que liquidou (parte do) seu rebanho bovino de 8,4 milhões de cabeças em 2019 para 6,6 milhões de cabeças neste ano", afirmou a consultoria.

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