Governo quer ampliação de US$50 bi no limite de emissões externas para referenciar mercado, diz Ceron

14 mai 2024 - 09h27
(atualizado às 13h03)

O governo federal pediu ao Senado uma ampliação de 50 bilhões de dólares no limite para emissões de títulos públicos no exterior, disse nesta terça-feira o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, argumentando que a medida é importante para dar referência às emissões do setor privado.

Em audiência pública no Senado, Ceron argumentou que essa ampliação de limite deverá ser consumida nos próximos 10 a 15 anos.

Publicidade

Uma solicitação enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Senado em março pede a ampliação para 125 bilhões de dólares, dos atuais 75 bilhões de dólares, do limite máximo de emissão de títulos de dívida pública no exterior.

A mensagem presidencial argumenta que o teto de emissão é cumulativo, ou seja, todas os lançamentos de títulos são contabilizados, mas os resgates não são baixados do montante global. Desse modo, o limite sempre é alcançado, em algum momento, mesmo que o estoque de dívida externa se mantenha estável ou até reduza.

Na audiência, Ceron afirmou que o atual limite, aprovado em 2004, foi quase totalmente consumido com uma emissão de 4 bilhões de dólares feita no início deste ano.

"A manutenção dessas emissões cumpre papel muito importante para criar uma curva de referência para as emissões corporativas", disse.

Publicidade

Ao argumentar que a maior necessidade de espaço para as emissões externas também está ligada à iniciativa de emitir títulos vinculados a compromissos ambientais e sociais, ele ponderou que o governo não tem interesse de "ampliar substancialmente" o montante de dívida pública fora do país.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
TAGS
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações