A agência de classificação de risco Fitch Ratings disse nesta sexta-feira esperar uma recuperação lenta do varejo brasileiro em 2024, com a redução das taxas de juros, o controle da inflação e um menor desemprego ainda não sendo suficientes para aquecer a demanda em meio ao elevado endividamento familiar.

"O gerenciamento do capital de giro permanece um desafio diante da baixa demanda, mas deve melhorar com controle mais rígido de estoques", disse a Fitch ao divulgar as principais conclusões do seu relatório "Varejo no Brasil" com perspectivas para 2024.

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Segundo a agência, os ajustes realizados pelas companhias ao longo de 2023 devem contribuir para a recomposição gradual da rentabilidade e a desalavancagem financeira -- que continuará relativamente elevada no próximo ano -- das empresas do setor.

"As companhias vêm buscando maior equilíbrio entre crescimento e rentabilidade e isto deve continuar em 2024", disse o diretor de Finanças Corporativas da Fitch, Renato Donatti. "Os desafios persistem em 2024, mas devemos observar recuperação dos fluxos de caixa, após grandes frustrações em 2023."

A agência também pontuou que a concorrência no setor continuará acirrada, especialmente nos setores de vestuário e marketplace, onde "players" asiáticos, como a chinesa Shein e a Shopee, de Cingapura, vêm crescendo com mais vigor.

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