Eventual aporte do Tesouro Nacional aos Correios, caso necessário, seria feito dentro das regras do arcabouço fiscal, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentando que o governo tem margem no Orçamento deste ano para fazer o repasse.
Em entrevista a jornalistas, Haddad afirmou que a primeira opção do governo é que os Correios obtenham recursos a partir de empréstimo bancário com garantia do Tesouro, mas ponderou que a possibilidade de aporte direto está na mesa.
"Um caminho é um aporte, que pode se tornar necessário se não chegarmos a um acordo com o pool de bancos que vão financiar a reestruturação da companhia, não vamos ficar com a faca no pescoço por conta de uma incompreensão da parte de uma ou outra instituição financeira", disse.
Ele argumentou que ainda considera a possibilidade da solução por meio de uma operação de crédito porque "conversas avançaram".
Em grave crise financeira, os Correios têm registrado prejuízos que pioraram os resultados das contas do governo federal neste ano porque os dados piores que o esperado demandaram uma compensação financeira pelo Tesouro. A estatal vem sendo cobrada pelo governo para que apresente um plano de reestruturação.
Na entrevista, Haddad ainda defendeu a aprovação pelo Congresso Nacional do projeto que corta benefícios tributários, argumentando que a medida é necessária para fechar o Orçamento de 2026.