PF realiza operação com seis prisões no RJ contra grupo que desviava benefícios sociais no app Caixa Tem, com suspeitas de corrupção e fraudes milionárias envolvendo funcionários da Caixa.
Um grupo suspeito de desviar benefícios sociais, saldo de FGTS e seguro desemprego é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 19. Os envolvidos praticavam as irregularidades através de acesso indevido a contas de terceiros no aplicativo Caixa Tem
Foram expedidos pela Justiça seis mandados de prisão preventiva. As prisões são realizadas no âmbito da segunda fase da Operação Farra Brasil, e acontecem nas cidades de Niterói, São Gonçalo e Cachoeiras de Macacu, todas no Rio de Janeiro.
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A organização criminosa cooptava funcionários da Caixa por meio de pagamento de propina. Em um dos casos, a PF identificou que um funcionário recebeu mais de R$ 300 mil no esquema. A maior parte das vítimas são beneficiárias de programas sociais do governo federal.
De acordo com a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF, já foram registrados cerca de 749 mil processos de contestação desde a criação do CAIXA TEM, em abril de 2020. Nesse contexto, a Caixa já realizou o ressarcimento de pouco mais de R$ 2 bilhões.
Na 1ª fase da operação, deflagrada em abril deste ano, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, além da imposição de medidas cautelares diversas da prisão para 16 investigados. Com a realização das buscas, foram obtidos novos elementos de prova para comprovar que o grupo criminoso continuava a praticar as fraudes, resultando na expedição dos seis mandados de prisão preventiva contra os investigados.
Eles são suspeitos dos crimes de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa, corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informação.
Em nota, a Caixa informou que, "quando identificado indícios de ilícitos, atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem tais ocorrências". O banco não deu maiores detalhes sobre as fraudes, por serem informações sigilosas e repassadas apenas à PF e órgãos de análise e investigação.
"O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança de acesso aos seus aplicativos e movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas, e monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos", complementou o texto.