Embraer (EMBR3): XP vê melhoras em indicadores, mas rebaixa ações; veja motivos

22 mai 2024 - 20h15

A XP rebaixou sua recomendação para as ações da Embraer (EMBR3) de compra para neutra, com um preço-alvo de R$ 37. Segundo a XP, o valuation é uma das razões por trás de nossa visão neutra.

Nesta quarta (22), as ações da Embraer fecharam em queda de 2,05%, cotadas a R$ 38,69.

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"Usando abordagens teóricas e empíricas, estimamos que o múltiplo EV/Ebitda justo futuro da Embraer varie entre 6,0-6,5x considerando suas perspectivas de crescimento, níveis de ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) e custo de capital, com EV/Ebitda atual de 2025 de 7,6x implicando um nível de valuation assimétrico para o lado negativo", destaca a XP. 

Portanto, diz a XP, um EV/Ebitda esperado para 2025 de 7,6x parece acima da combinação crescimento versus retorno da Embraer.

Além disso, os analistas pontuam que  a expectativa é de que a empresa colha frutos de melhoras no ROIC e entre em um "período de colheita" de Fluxo de Caixa Livre nos próximos anos.

"Os ciclos de investimento na indústria aeroespacial são longos, e acreditamos que é hora de a Embraer dar frutos de seu período passado de alocação intensiva de capital. Com o crescimento marginal baseado em baixa necessidade de capital, esperamos que o ROIC melhore de 6,6-8,5% em 2023-24E para 12,3% em 2030E, sustentando um perfil consistente de fluxo de caixa livre, que melhorou ao longo da próxima década após anos de consumo de caixa", afirma a XP.

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Segundo a research, é esperado que a aviação comercial seja o principal motor para o crescimento, com a defesa como uma opção de valor plausível se a Embraer adicionar com sucesso novos pedidos à sua carteira.

Embraer: balanço do 1T24 tem números fracos, diz BTG

Em relatório sobre a Embraer, analistas do BTG Pactual pontuaram que os resultados do 1T24 da Embraer vieram sazonalmente mais fracos, mas que esperam uma recuperação ao longo do ano.

No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a empresa teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões, queda de 86,2% ante prejuízo de R$ 460,5 milhões no mesmo período do ano anterior.

De janeiro a março, considerando o resultado atribuído aos acionistas, o balanço da Embraer apontou lucro de R$ 142,7 milhões, ante R$ 943,6 milhões reportado no primeiro trimestre de 2023.

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Em relatório, o BTG Pactual (BPAC11) avaliou que, apesar de um primeiro trimestre sazonalmente mais fraco, espera que os resultados dacompanhia se recuperem gradualmente ao longo do ano, refletindo o aumento gradual das entregas. O banco lembra que a carteira de pedidos encerrou o primeiro trimestre em US$ 21 bilhões - maior em sete anos.

"É uma empresa que oferece uma boa exposição à forte indústria da aviação. Apesar de ter crescido 52% no acumulado do ano, a Embraer é negociada a 9x e 7x EV/Ebitda 2024 e 2025, respectivamente, o que ainda consideramos atraente", escrevem os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi.

O BTG tem recomendação de 'compra' para as ações de Embraer, com preço-alvo a US$ 32,00.

Goldman Sachs recomenda compra de ações

O Goldman Sachs destacou que a Embraer reportou resultados sólidos no 1T24, com destaque para uma receita líquida 1% acima do consenso. "O caixa livre negativo no trimestre, mas é sazonal ao longo do ano e está em linha com o consenso", escrevem os analistas Noah Poponak, Anthony Valentini e Nicholas Walker.

O Goldman tem recomendação de 'compra' para as ações de Embraer, com preço-alvo a R$ 36,00.

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Desempenho anual das ações da Embraer

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