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Dólar sobe a quase R$5 antes de reunião do Fed

15 mar 2024 - 17h12
(atualizado às 17h33)

O dólar subiu frente ao real nesta sexta-feira, acumulando ganhos na semana e ficando a pouca distância de fechar acima dos 5 reais, depois que dados norte-americanos recentes impuseram um clima cauteloso antes da reunião de política monetária do Federal Reserve da semana que vem.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,22%, a 4,9986 reais na venda, depois de ter chegado a superar os 5 reais nas máximas do pregão. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,34%.

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Boa parte desses ganhos veio depois que dados mostraram na quinta-feira que o índice de preços ao produtor para a demanda final dos EUA subiu mais do que o esperado em fevereiro, enquanto as vendas no varejo subiram menos do que o esperado, mas ainda representaram uma aceleração frente ao mês anterior.

"Os dados divulgados têm um impacto direto na forma como o mercado interpreta o comportamento do Federal Reserve e quando se dará o início do corte de juros... prejudicaram a confiança nas perspectivas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve este ano", disse Bruno Nascimento, analista da B&T Câmbio.

"Para finalizar a semana, nos resta aguardar a Superquarta."

O Federal Reserve encerrará na quarta-feira que vem sua reunião de política monetária de dois dias, e a expectativa predominante segue sendo de que o Fed manterá sua taxa básica inalterada até um primeiro corte em junho, embora os dados da véspera tenham levado alguns operadores a adiar as apostas para o início do afrouxamento monetário.

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O Citi disse em relatório nesta sexta-feira que, após os dados de inflação ao produtor norte-americano mais elevados, aumentou o risco de o Fed alterar as projeções para um eventual ciclo de corte de juros. No entanto, "para dividas de mercados emergentes, o ambiente global continua favorável ao 'carrego', e continuamos negociando os ativos de alto rendimento da América Latina no lado comprado", disseram economistas do banco em relatório.

"Carrego" é o nome dado ao retorno que se pode obter de estratégias de "carry trade", em que se toma empréstimos em país de juros baixos e se aplica esse dinheiro em mercados mais rentáveis, de forma que se lucra com a diferença de taxas.

Enquanto isso, no Brasil, é consenso que o Banco Central reduzirá a Selic novamente em 0,50 ponto percentual, a 10,75%, quando encerrar sua reunião de política monetária na semana que vem, também na quarta-feira.

Apesar dessa certeza, economistas estão atentos a possíveis mudanças na orientação da autarquia sobre seus próximos passos, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta sexta-feira.

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