A comunicação estratégica é essencial para pequenas e médias empresas, pois acelera vendas, economiza tempo, fortalece o posicionamento no mercado e é decisiva para aumentar a competitividade e estabilidade financeira, mesmo em cenários adversos.
Para pequenas e médias empresas, o tempo se tornou um dos recursos mais escassos. O empresário precisa fechar negócios, cuidar do financeiro, acompanhar operações, ajustar processos e responder às demandas do dia a dia e diante desse furacão de demandas, a comunicação passa a disputar espaço com tarefas urgentes, e muitas vezes é tratada como algo que “dá para ver depois”.
Mas é justamente aí que mora a dor, sem uma estratégia clara de posicionamento, a empresa perde competitividade, negociações ficam mais longas e o valor percebido diminui.
Com ciclos de mercado mais rápidos e consumidores mais exigentes, a comunicação deixou de ser complementar. Hoje, ela é aliada direta do resultado financeiro. Dados do Sebrae mostram que 73% das PMEs que estruturaram estratégia de posicionamento registraram aumento no faturamento. E o Edelman Trust Barometer de 2024 aponta que 64% dos clientes preferem comprar de empresas cujos líderes comunicam com clareza seus valores e diferenciais.
“Comunicar bem economiza tempo e acelera vendas. O cliente não tem mais tempo para encontros longos, porque ele precisa focar no que traz receita. Por isso, a comunicação precisa funcionar como extensão da gestão, traduzindo rapidamente quem ele é, o que entrega e por que é relevante no mercado”, explica Carolina Lara, especialista em comunicação estratégica para PMEs e fundadora da Lara Visibilidade Estratégica.
Do outro lado, as redações também mudaram. Equipes menores, prazos curtos e excesso de informação tornaram o trabalho dos profissionais envolvido no processo, mais acelerado e direto. “O jornalista não tem tempo para apurar longamente. Ele precisa que a pauta chegue pronta, completa, com dados, contexto e especialista. Se isso não acontece, não existe avanço”, alerta Carolina.
Essa combinação, empresário sem tempo e jornalista sem margem para aprofundar, transformou a dinâmica dessa relação antiga. O trabalho hoje precisa envolver leitura profunda do cliente, capacidade de identificar o que o diferencia e, a partir disso, construir materiais precisos, estratégicos e alinhados às demandas do noticiário.
Para dar conta desse ritmo, as assessorias passaram a utilizar ferramentas de inteligência de mercado, plataformas de monitoramento e automações customizadas, que permitem acompanhar tendências em tempo real, antecipar oportunidades e produzir conteúdos mais completos.
“A tecnologia amplia a nossa capacidade de entrega, mas a essência continua sendo entender o cliente e transformar isso em narrativa”, afirma a especialista.
A necessidade de posicionamento claro também tem base em estudos de desempenho. “Marcas com comunicação consistente têm até três vezes mais probabilidade de manter estabilidade mesmo em ciclos econômicos desfavoráveis. Reputação sólida reduz risco percebido, encurta negociação e sustenta o negócio em momentos de incerteza”, revela.
Para as PMEs, isso é decisivo. “Quando a marca é bem posicionada, ela deixa de competir por preço e passa a competir por valor. Isso muda completamente o patamar de crescimento”, observa Lara.
A nova lógica coloca a comunicação como estrutura de sustentação do negócio, uma vez que o processo deve alinhar discurso, reduzir ruído, reforçar autoridade e fazer a empresa aparecer nos lugares que importam, sem exigir tempo que o empresário não tem.
“A equação é simples, o jornalista não tem tempo e o cliente precisa de resultado. O único caminho é ter uma comunicação rápida, precisa e baseada em posicionamento. Para pequenos negócios, comunicar bem deixou de ser uma escolha. Virou ferramenta de sobrevivência e aceleração de crescimento”, conclui.
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