China regulamentará exportações de aço com sistema de licenças

12 dez 2025 - 11h39

O maior produtor de aço do mundo, a China, planeja implantar um sistema de licenças a partir de 2026 para regulamentar as exportações do metal, uma vez que os embarques robustos alimentaram uma crescente reação protecionista em todo o mundo.

Os exportadores de cerca de 300 itens de aço terão que solicitar licenças com base em contratos de exportação e certificados de inspeção de qualidade de produtos dos fabricantes, informou o Ministério do Comércio na sexta-feira.

Publicidade

"Alguns produtos de aço serão adicionados à lista de cargas sob gestão de licenças de exportação a partir de 1º de janeiro de 2026", acrescentou a pasta em um comunicado.

A notícia veio na sequência de conversas no mercado no dia anterior de que Pequim poderia estar planejando tal medida.

Uma lista de 43 categorias de mercadorias sujeitas a licenças de exportação em 2025 incluía trigo, milho, carvão e petróleo, informou o ministério no final de 2024.

"A medida ajudará a manter o equilíbrio entre oferta, demanda e comércio global", disse a Associação de Ferro e Aço da China, apoiada pelo Estado, em um comunicado em sua conta no WeChat.

Publicidade

Alguns analistas minimizaram o possível impacto sobre as exportações de aço no curto prazo, dizendo que não é difícil garantir a licença necessária.

"Embora o impacto a curto prazo seja limitado, a medida estabelece as bases para uma regulamentação potencialmente mais rigorosa no futuro", disse um analista de Xangai que pediu anonimato, pois não estava autorizado a falar com a mídia.

As exportações de aço da China têm se mostrado surpreendentemente resilientes desde 2023. As remessas de saída nos primeiros 11 meses de 2025 aumentaram 6,7% em relação ao ano anterior, para 107,72 milhões de toneladas, mantendo o total anual no caminho para atingir um recorde.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
TAGS
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações