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Casas Bahia (BHIA3): mercado tinha percepção equivocada sobre finanças, diz CEO; ações saltam 34% no Ibovespa

29 abr 2024 - 12h04
(atualizado às 17h49)

Em teleconferência realizada nesta segunda-feira (29), após a Casas Bahia (BHIA3) anunciar uma renegociação de R$ 4,1 bilhões em dívidas através de uma recuperação extrajudicial, o CEO da varejista, Renato Franklin, afirmou que o mercado não tinha ciência do tamanho do suporte que a empresa tinha junto aos bancos. As ações da companhia disparam no Ibovespa.

No fechamento, as ações BHIA3 dispararam 34,19%, cotadas a R$ 7,30.

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O pedido de recuperação extrajudicial (RE) da Casas Bahia (BHIA3) já é pré-acordado com os principais credores, que detêm 54,5% dos débitos e, portanto, deve ser aplicado também aos demais credores pulverizados, dentre eles, pessoas físicas.

"Tudo correndo bem, em até trinta dias temos a homologação deste plano de recuperação extrajudicial e todas as debêntures atuais, junto ao CCB, são convertidas nessa nova debênture, que foi acordada entre as partes", pontuou Renato Franklin em teleconferência realizada na manhã desta segunda-feira (29).

"Homologação pode demorar de 30 a 60 dias, mas temos a previsão de uma aprovação em um processo simples, já aprovado pelos credores. Essa é a nossa previsão", acrescentou o CEO da Casas Bahia.

Também na teleconferência, o diretor financeiro da Casas Bahia, Elcio Mitsuhiro, explicou que os credores que forem para a série 2 da debênture - estes que mantém as atuais condições em linhas de crédito não sujeitas à RE e que disponibilizarem novos recursos - estarão sujeitos ao direito de prioridade dos atuais acionistas do Grupo Casas Bahia, que podem optar pela subscrição em uma janela de cinco dias úteis entre o lançamento da oferta e sua liquidação.

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"Nos termos do plano, o direito de prioridade poderá ser distribuído proporcionalmente à participação dos acionistas em capital social na companhia", destaca o CFO.

Casas Bahia: negociação das dívidas não impacta estratégia, diz CEO

Franklin comentou ainda que com o plano de RE da Casas Bahia, a expectativa é de crescimento da margem bruta, e que o principal elemento para essa leitura é penetração de serviços, considerado um KPI estratégico para a companhia.

"Estamos evoluindo bastante na penetração de serviços no offline. Ainda tem espaço para continuar evoluindo. Vocês verão melhora no primeiro trimestre, e isso continuará trimestre a trimestre. No online, que é um pouco mais difícil, começamos a ter uma melhoria incremental, mas ainda pequena", ressaltou.

Além disso, embora a expectativa da Casas Bahia é de terminar o plano de transformação até o fim de 2024, a empresa ainda prevê melhorias incrementais de 2025 em diante. Neste sentido, Franklin afirmou que a companhia deve focar em CRM para melhorar a eficiência de marketing, e que buscará melhorias na frente de precificação para capturar ganhos de margem.

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"Há espaço para a abertura de novas lojas, em modelo de monetização com retail media", acrescentou o diretor-presidente da Casas Bahia.

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