Bovespa encerra mês no negativo influenciada por Vale

Nesta terça, principal índice da Bolsa teve queda de 0,18% e volume financeiro de R$ 6,75 bilhões

31 mar 2015 - 18h42
(atualizado às 19h37)
<p>Queda da Vale refletiu o recuo do minério de ferro na China para a mínima histórica de US$ 51 a tonelada</p>
Queda da Vale refletiu o recuo do minério de ferro na China para a mínima histórica de US$ 51 a tonelada
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A Bovespa teve leve baixa nesta terça-feira, no fim de sessão volátil, com o avanço de bancos e Petrobras contrabalançando a pressão da Vale, após nova mínima recorde do minério de ferro.

O Ibovespa caiu 0,18%, a 51.150 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 6,75 bilhões.

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No mês, o índice caiu 0,84%. Mas no trimestre, o principal índice da bolsa paulista subiu 2,29%.

Para efeito de comparação, a bolsa do México acumulou queda de 1,05% em março e subiu 1,34% no trimestre e o índice MSCI para mercados emergentes caía 1,5% e subia 2%, respectivamente.

Em dólar, contudo, o Ibovespa contabilizou declínio de 14,7% no trimestre, período em que a moeda norte-americana avançou 20% frente ao real. O índice acionário mexicano teve desvalorização de 1,97% em dólar.

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Para o gestor e sócio na Principia Capital Management Marcello Paixão, o desempenho do Ibovespa em março só não foi pior em razão da sinalização mais tranquila em termos de juros do Federal Reserve.

Segundo ele, a Bovespa segue bastante vulnerável às commodities, em meio à desaceleração e mudança de perfil de crescimento na China.

Em março, a maior queda do Ibovespa foi registrada por ALL, que será substituída a partir do dia 1º de abril pelos papéis da Rumo, dando continuidade ao processo de união entre as companhias.

Ações da Petrobras 'derretem' na Bolsa
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Na sequência, ficaram Gol, Bradespar, Vale PNA, Marfrig e Vale ON.

Na mão contrária, as altas do mês foram capitaneadas por Suzano Papel e Celulose, Fibria e Usiminas, que tendem a se beneficiar da depreciação do real.

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A queda da Vale refletiu o recuo do minério de ferro na China para a mínima histórica de US$ 51 a tonelada. O Deutsche Bank reduziu o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) de US$ 13 para US$ 10. No fechamento, as preferenciais caíram 3,74%.

A pressão dos papéis da mineradora foi contrabalançada pelos bancos, que mostraram fôlego em meio a comentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em comissão no Senado, de que o momento de mudar as políticas anticíclicas chegou.

Itaú Unibanco e Bradesco terminaram com acréscimos de 0,91% e 1,61%. Após abertura fraca, Petrobras melhorou ao longo do pregão. As preferenciais subiram 0,1%.

Sabesp subiu 5,86% após a agência paulista de água e energia Arsesp autorizar alta de tarifas.

Gol caiu 4,75%, após prejuízo líquido acima do esperado no quarto trimestre e previsões apontando um quadro difícil em 2015. O BTG cortou a recomendação para "neutra".

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Eletrobras recuou 2,86%, revertendo os ganhos da primeira etapa, após o diretor financeiro da estatal, Armando Casado, afirmar quer a empresa deixará de pagar dividendos relativos a 2014.

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