Bolsonaro tem reunião sobre privatização da Eletrobras; ações operam em máximas

1 ago 2019 - 08h02
(atualizado às 16h08)

A eventual privatização da Eletrobras, maior empresa de energia elétrica do país, esteve na pauta do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, o que levou a um forte avanço nas ações da estatal, que operavam em máximas históricas se considerados valores nominais.

Presidente Jair Bolsonaro 
30/07/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 30/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

De acordo com o comunicado da Eletrobras, o presidente da elétrica, Wilson Ferreira Jr, foi convidado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para encontro para discutir o assunto com Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

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A agenda do presidente Bolsonaro aponta duas reuniões com o ministro Albuquerque nesta quinta-feira, ambas no Palácio do Planalto, uma às 8h30 e uma às 14 horas, sem detalhar os assuntos que serão tratados.

A primeira deveria contar com a presença também do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Albuquerque afirmou em meados de julho que pretendia, junto com Guedes, apresentar um modelo a para desestatização da Eletrobras para avaliação do presidente da República em até duas semanas.

Em carta ao presidente da Eletrobras divulgada pela companhia, o ministro de Minas e Energia afirmou que "a efetivação e a definição das condições da desestatização da Eletrobras dependerão do envolvimento dos Poderes Executivo e Legislativo".

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As ações preferenciais da Eletrobras avançavam cerca de 5% na tarde desta quinta-feira, por volta das 16h, com a notícia sobre a reunião, enquanto as ordinárias subiam cerca de 6%. Ambas operavam em máximas históricas em termos nominais.

No mesmo horário, o índice Ibovespa tinha ganhos de 0,13% e o índice de energia elétrica (IEE) subia 1,26%.

O Ministério de Minas e Energia recusou-se a comentar sobre a reunião com o presidente. A Eletrobras também disse em nota que não iria falar sobre o assunto.

O modelo para a desestatização da companhia de energia ainda não foi divulgado pelo governo, mas o Ministério de Minas e Energia tem afirmado que a operação envolverá a emissão de novas ações para capitalizar a companhia, reduzindo a fatia da União na empresa para uma posição minoritária.

A Eletrobras utilizaria recursos obtidos na transação para pagar bônus de outorga ao Tesouro em troca da renovação em condições mais favoráveis de suas hidrelétricas antigas.

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Em entrevista recente do ministro à GloboNews, ele afirmou que a União poderia arrecadar cerca de 18 bilhões de reais.

A Eletrobras é responsável por quase um terço da capacidade de geração e metade da rede de transmissão de energia do Brasil.

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