Barr, do Fed, diz que dados de inflação são "decepcionantes" e que política restritiva precisa de mais tempo

20 mai 2024 - 10h15

Os dados de inflação dos Estados Unidos nos primeiros meses de 2024 foram "decepcionantes", disse o vice-chair de supervisão do Fed, Michael Barr, nesta segunda-feira, deixando o banco central sem as evidências necessárias para afrouxar a política monetária.

"As leituras de inflação no primeiro trimestre deste ano foram decepcionantes. Esses resultados não me proporcionaram o aumento da confiança que eu esperava encontrar para apoiar o afrouxamento da política monetária", disse Barr em comentários preparados para serem apresentados em uma conferência do Federal Reserve de Atlanta sobre os mercados financeiros.

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Seu discurso preparado também se aprofundou nas questões de regulamentação financeira que ele supervisiona.

"Precisaremos dar mais algum tempo para que nossa política monetária restritiva continue seu trabalho", disse Barr, reforçando a mensagem geral do Fed de que os cortes nos juros, altamente esperados pelos mercados, estão suspensos até que fique claro que a inflação retornará à meta de 2% do Fed.

A medida de inflação preferida do Fed, o índice de preços PCE, foi de 2,7% em março e mudou pouco nos últimos meses, depois de cair constantemente no ano passado. Os dados de abril serão divulgados na próxima semana.

Barr disse que considera a economia ainda "forte... Temos um crescimento sólido e desemprego baixo".

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Mas ele disse estar ciente dos riscos tanto para a meta de inflação do Fed quanto para seu mandato de manter o desemprego o mais baixo possível.

Barr disse que a atual taxa de juros de referência, que tem sido mantida em uma faixa de 5,25% a 5,5% desde julho, é adequada para que o Fed "mantenha-se firme e observe a evolução das condições".

A próxima reunião do banco central dos EUA será nos dias 11 e 12 de junho.

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