Afetada pela pandemia, economia do Japão está fraca demais para planos de reforma do novo premiê, diz PIMCO 

16 set 2020 - 08h47

O novo líder do Japão, Yoshihide Suga, terá dificuldade em promover reformas estruturais, pois seriam muito dolorosas para uma economia atingida pela crise do coronavírus, disse um executivo da PIMCO, um dos maiores escritórios de investimento do mundo.

Novo premiê do Japão, Yoshihide Suga. REUTERS/Issei Kato
Novo premiê do Japão, Yoshihide Suga. REUTERS/Issei Kato
Foto: Reuters

Tomoya Masanao, chefe da unidade japonesa da Pacific Investment Management Co (PIMCO), também disse que a política monetária ultrafrouxa do Banco do Japão permitirá que o governo continue aumentando os gastos, mas não sem custos enormes.

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Desde a adoção de uma política que limita os custos de empréstimos em 2016, a política do banco central é essencialmente focada em financiar a dívida pública e está integrada à estratégia de gestão da dívida do governo, disse Masanao.

"É impossível que o Banco do Japão tome uma decisão independente sobre abandonar a política ultrafrouxa. Qualquer movimento em direção a uma saída teria que levar em conta o impacto nas taxas de juros de longo prazo e na política fiscal", disse ele à Reuters nesta quarta-feira.

Suga, que foi eleito como novo primeiro-ministro nesta quarta-feira, prometeu quebrar as barreiras que dificultam a concorrência e buscar reformas para revitalizar a terceira maior economia do mundo.

Se bem-sucedido, Suga forneceria a terceira base que faltava para as políticas de seu predecessor, Shinzo Abe, que consistiam em ousadas políticas fiscais, afrouxamento monetário e reformas estruturais.

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