Dividir a vida com alguém é uma aventura, diz Maria Bia

Atriz estrela a peça ‘As Loucuras que as Mulheres Fazem’ com Fábio Rhoden

19 jan 2018 - 17h56
(atualizado às 20h31)

‘Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo...’, escreveu o poeta Mario Quintana.

Quem nunca achou que iria morrer de felicidade por conta de um amor avassalador ou de tristeza, em razão de um amor destroçado?

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O espetáculo ‘As Loucuras que as Mulheres Fazem’, da autoria de Luciana Guerra Malta, foca no sentimento que une (e separa) a professora Luiza e o analista de sistemas Fábio.

Maria Bia com Fábio Rhoden em cena do espetáculo: só amar não basta
Maria Bia com Fábio Rhoden em cena do espetáculo: só amar não basta
Foto: Daniel Nascimento/Divulgação / Sala de TV

Com direção de Dan Rosseto e produção de Fabio Camara, a comédia romântica mostra que amar intensamente não garante a qualidade da convivência entre duas pessoas.

Na peça, em cartaz no Teatro Viradalata, em São Paulo, há projeção em vídeo de depoimentos reais que ajudam o espectador a formatar sua própria opinião sobre o tema.

A atriz Maria Bia, que divide o palco com Fábio Rhoden, conversou com o blog a respeito do amor e suas intercorrências.

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A trama de Luiza e Fábio fez você repensar as decisões amorosas que já tomou?

A palavra pra mim não seria repensar, mas sim identificar. Isso rolou bastante. Identificação. Com todas as peripécias e percalços que Luiza e Fábio passam durante a peça e que todos os casais também passam na vida real. Acho que vai rolar essa identificação com todos que forem nos assistir e que já estiveram em um relacionamento amoroso. Mas uma coisa pra mim é certa: apesar dos trancos e barracos, é muito gostoso dividir a vida com alguém. É um aprendizado diário sobre aquele outro ser humano e sobre você mesmo. Uma aventura louca e incrível que ninguém deve abrir mão de viver.

Acredita que mulheres e homens processam o amor de maneira diferente?

As pessoas, independentemente de serem homens ou mulheres, processam o amor de maneira diferente. De acordo com suas bagagens, conhecimentos, vivências e sentimentos. Tem gente que se aprofunda mais, que sofre por qualquer coisa. Outros passam por tudo de forma mais leve. Uns querem discutir a relação, outros não. Uns são mais sensíveis, outros acham graça de tudo.

Como foi a preparação para o papel?

Tive pouco tempo para me preparar, pois no final de 2017 estava em turnê pelo interior do Brasil com um espetáculo de rua itinerante chamado ‘O Auto da Semeadura do Mundo’. Após as festas de fim de ano, mergulhei de cabeça nessa nova personagem que é a Luiza. Tenho grande bagagem de filmes românticos (risos). São os meus preferidos. Tem conflito, choro, riso, romance, aventura, na maioria das vezes final feliz... tá tudo ali. Foram eles e todos os seus personagens que me deram inspiração para contar a história da Luiza e do Fábio. 

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Quais histórias de amor das novelas, do cinema ou da literatura estão guardadas na sua memória?

As clássicas não podem faltar, né? Romeu e Julieta, de Shakespeare. Segredo: ainda quero interpretar a Julieta! Não é mais segredo (risos)! No cinema adoro ‘Harry e Sally – Feitos um para o Outro’, com Meg Ryan (rainha das comédias românticas) e Billy Crystal, e também ‘O Amor Não Tira Férias’, que não é uma comédia romântica tradicional. Na TV, gostei muito da novela ‘Quatro por Quatro’ (Globo, 1994), com todas aquelas mulheres querendo se vingar dos homens que amavam. Eram mulheres diferentes, com motivos diferentes, mas se uniram pela sororidade (sentimento de união feminina). Acho que nem existia essa palavra naquele tempo, né? Se existia, não era usada.

O casal protagonista da peça e Maria Bia como Soraia em ‘Sexo e as Negas’
Foto: Daniel Nascimento/Divulgação e Estevam Avellar / Sala de TV

Como é a interação com Fábio Rhoden, seu único parceiro na peça?

Fábio é ótimo parceiro de cena e de coxia. Já éramos amigos antes dessa peça e sempre nos demos superbem. Acho que a admiração que um sente pelo outro ajuda muito. Além disso, ele é disponível e entregue. Fábio se mantém apaixonado por essa peça, que ele já faz há alguns anos. Foi o primeiro projeto que correu atrás para realizar não só como ator, mas também como produtor, então, essa paixão dele acaba me contagiando também. Essa coisa de não esperar e ir batalhar pelos sonhos.

Na sua opinião, se a série ‘Sexo e as Negas’ fosse exibida hoje, geraria menos polêmica e intolerância do que ocorreu em 2014, ao mostrar negras empoderadas e sexualmente livres?

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Adoraria dizer que sim, mas taí uma pergunta que não sei responder. Será? A impressão que eu tenho é que estamos cada vez mais extremistas. Não se pode falar mais nada sem ofender alguém. A série era incrível, colorida, bem humorada e com atores negros talentosíssimos, que estavam tendo uma primeira grande oportunidade na TV. Não desmerecia em nada ninguém. Muito pelo contrário. Só levantava a moral do povo preto e, principalmente, da mulherada, independentemente da cor da pele. Muitas meninas assumiram o cabelo depois de me ver com um belíssimo crespo e ainda por cima vermelho no horário nobre da Globo. Isso é muito gratificante. Sou feliz e realizada com aquele trabalho. Era uma série com 90% de atores negros na maior emissora do País. Depois do que fizemos ali, nunca mais vi nada parecido na televisão, com a mesma oportunidade para atores negros.  

Tem previsão de retorno à TV?

Agora, dia 25, estreia na Globo a série ‘Brasil a Bordo’, do Miguel Falabella. Eu faço uma participação no décimo primeiro episódio. A série toda é um acerto e está superengraçada. Foi lançada ano passado na GloboPlay e recebeu ótimas críticas. Mal posso esperar para conferir o resultado na telinha. Também vou fazer um trabalho para TV fechada. Ainda não posso dar detalhes, mas vem coisa boa por aí...

‘As Loucuras que as Mulheres Fazem’ – sextas e sábados, às 21h30.

Teatro Viradalata, Rua Apinajés, 1387, bairro Sumaré, São Paulo.

Duração: 65 minutos. Classificação: 12 anos. Em cartaz até 3 de março. Informações: (11) 3868-3525.

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