Bolsonaro acusa Globo e clã Marinho de corrupção bilionária

Presidente usa denúncia feita por sua aliada RecordTV para atacar o canal inimigo

17 set 2020 - 12h39
(atualizado às 12h39)

A guerra continua. Na manhã desta quinta-feira (17), Jair Bolsonaro disparou mais um tiro virtual contra seu maior adversário na grande mídia, a Globo. O presidente postou em seu perfil no Twitter o vídeo de uma matéria exibida ontem à noite no Jornal da Record e escreveu duas frases provocativas: “Os esquemas bilionários da Globo”, “Corrupção para valer é com a família Marinho”.

O jornalismo da RecordTV oferece munição para Bolsonaro disparar contra a Globo
O jornalismo da RecordTV oferece munição para Bolsonaro disparar contra a Globo
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

“Confissões inéditas do ex-governador do Rio, Sergio Cabral, contadas à Polícia Federal, revelam que o Grupo Globo sabia do esquema criminoso de compra de votos envolvendo o Estado e o Comitê Olímpico Internacional para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016”, anunciou a âncora Christina Lemos.

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O outro apresentador, Luiz Fara Monteiro, continuou: “Se aproveitando da relação próxima com Sergio Cabral, os executivos da Globo fizeram um pacto: assegurar a qualquer custo a compra exclusiva dos direitos da Olimpíada. O medo era perder, mais uma vez, o direito de transmissão para a concorrência”. Em 2012, a exibição dos Jogos de Londres foi exclusiva da RecordTV.

A reportagem apurada por Tony Chastinet, Adriana Cruz e Thiago Samora sugeriu que o clã Marinho, dono da Globo, se beneficiou das negociatas da organização criminosa comandada por Sergio Cabral. No ar, o repórter Rael Policarpo disse que o ex-governador prometeu entregar provas contra a família mais poderosa da comunicação no Brasil.

De acordo com a RecordTV, João Roberto Marinho foi informado por Cabral do esquema de “cartas marcadas” que garantiria o Rio como sede da Olimpíada de 2016. A partir disso, a Globo teria aumento esforços para conseguir o direito de transmissão exclusiva no País.

A matéria foi além. “Sergio Cabral e Nuzman (Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio) teriam trabalhado para convencer o Comitê Olímpico Internacional da importância de garantir a exclusividade do evento ao Grupo Globo nos canais fechados”, narrou o repórter.

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“Onde tem Globo e tem esporte existem indícios de corrupção”, afirmou Policarpo. A matéria de 7 minutos disse ainda que “a emissora teria garantido o monopólio nas transmissões dos jogos da Copa do Mundo à base de propina”. A RecordTV garantiu que os Jogos do Rio não deixaram legado à cidade. Sob a imagem da logomarca da Globo, o repórter concluiu: “Um evento que só fez enriquecer os figurões do jogo sujo dos negócios”.

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