No podcast ‘Quantum 200+’, Cecília Flesch revelou um episódio ocorrido na GloboNews, onde trabalhou por 18 anos.
“Uma das apresentadoras chegou no camarim e começou a espalhar que eu era bolsonarista. Eu nunca tinha falado isso”, relembrou.
O motivo seria a contestação que ela fazia da maneira como a emissora noticiava alguns fatos. “Quando eu comecei a fazer questionamentos fora da caixinha, eu comecei a virar a chata.”
Flesch foi demitida em junho de 2023, após a repercussão de declarações no podcast ‘É Nóia Minha?’ justamente a respeito da linha editorial.
“(A GloboNews) está um saco. Só tem política e economia, economia e política, política e economia”, disse. A apresentadora contou ter apelidado o canal de ‘RivoNews’, em referência ao ansiolítico tarja preta Rivotril.
Na ocasião, ela era a âncora do telejornal matinal ‘Em Ponto’ e se destacava por eventualmente inserir humor ácido nos comentários.
Indução ao pensamento único
Ainda no ‘Quantum 200+’, comandado pela médica Letícia Fontes, Cecília Flesch respondeu se há manipulação na GloboNews.
“Tem essa ilusão… É menos maquiavélico do que se pensa. Existem orientações editoriais lá de cima (da direção), isso existe em qualquer emissora.”
A jornalista confirmou que inevitavelmente há um posicionamento. “As pessoas entram e ficam anos, décadas lá dentro. Então, você acaba sendo forjado a pensar de determinadas formas sobre determinadas coisas, acaba ficando viciado naquilo ali, é difícil enxergar fora.”
Na entrevista, Cecília Flesch mencionou o alinhamento político constatado na maioria das empresas de comunicação. “Todas as redações costumam ser mais à esquerda.”
Hoje, a jornalista apresenta os programas ‘RivoNews’ e ‘RivoTalks’ no YouTube.