Filho de John Lennon, Sean diz que a 'geração mais jovem' pode acabar esquecendo os Beatles

Sean Ono Lennon falou sobre ser o 'guardião' do legado de seu pai, dos Beatles, e de sua mãe, Yoko Ono

23 dez 2025 - 11h03
(atualizado às 11h09)

A ideia de que a discografia vital dos Beatles possa se perder para uma geração parece inimaginável, mas, à medida que o tempo passa, novas tecnologias surgem e a sociedade inevitavelmente muda. Por conta disso, Sean Ono Lennon, filho de John Lennon, diz que é possível que a lendária banda de rock britânica um dia seja esquecida.

John Lennon e Sean Ono Lennon (Foto: Max Scheler
John Lennon e Sean Ono Lennon (Foto: Max Scheler
Foto: K & K/Redferns e Lionel Hahn/Getty Images) / Rolling Stone Brasil

Em entrevista ao Sunday Morning, da CBS, Sean, de 50 anos, afirmou que "tecnicamente" assumiu o papel de guardião do legado de seu pai, que sua mãe, Yoko Ono, protegeu e moldou ao longo das décadas.

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"Mas, obviamente, o mundo também é o guardião do legado dele, eu diria", afirmou Sean. "Eu estou apenas fazendo o meu melhor para garantir que a geração mais jovem não se esqueça dos Beatles e de John e Yoko. É assim que eu encaro isso".

Quando perguntado se achava possível que a nova geração não se lembrasse, Sean respondeu: "Esquecer? Eu acho que sim", acrescentando: "E antes eu nunca achei isso."

John (que estampou a capa da primeira edição da Rolling Stone, em 1967), Paul McCartney, Ringo Starr e o falecido George Harrison construíram um dos catálogos mais duradouros e revolucionários da história do rock & roll — do álbum de estreia de 1963, Please Please Me, até o último disco de estúdio, Let It Be, lançado em 1970.

Depois de John iniciar sua carreira solo em 1970, após se casar com Ono no ano anterior, o casal lançou o disco transcendental Double Fantasy, em 1980, o último álbum antes do trágico assassinato de Lennon.

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"Meus pais me deram tanto que acho que o mínimo que posso fazer é tentar apoiar o legado deles durante a minha vida", disse Sean à CBS. "Sinto que devo isso a eles. É algo pessoal".

Em 2023, Sean e o cineasta Dave Mullins lançaram o curta-metragem War Is Over!, que venceu um Oscar. O filme pega o hino pacifista "Happy Xmas (War Is Over)", escrito e gravado por seus pais em 1971, e o apresenta a uma nova geração em uma animação sobre soldados inimigos da Primeira Guerra Mundial que jogam xadrez por meio de um pombo-correio.

Sean descreveu o legado de seus pais como "paz e amor", antes de esclarecer: "Mas não é só paz e amor. É uma atitude em relação ao ativismo feita com humor e amor".

Rolling Stone Brasil
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