O álbum Let it Be foi o último dos Beatles, quando John, George, Paul e Ringo já estavam esgotados pela pressão de quase uma década como o maior e mais importante grupo musical da história. Paul teve a ideia de registrar os ensaios e gravações e o resultado foi um documentário que mostrava um cenário de fim de feira para os Beatles.
Mas 52 anos depois as 50 horas de registro em filme (coletadas entre 2 e 31 de janeiro de 1969) ganham nova narrativa nas mãos do diretor neo-zelandês Peter Jackson - será lançado pela Disney+ no Dia de Ação de Graças nos EUA, final de novembro, o documentário Get Back.
O filme tem 6 horas de duração e é dividido em três partes ― a serem exibidas em 25, 26 e 27 de novembro.
Os traileres já lançados são surpreendentemente vívidos e parecem ter sido registrados durante os últimos meses e não há mais de meio século.
Surpreendente também é a abordagem intimista que apresenta um conjunto bem mais coeso e não desestruturado como na primeira versão do filme, que trazia até uma demissão de George Harrison e a figura de Yoko Ono como certa catalisadora da dissolução posterior da banda.
“Fiquei aliviado ao descobrir que a realidade é diferente do mito. Depois de rever os materiais coletados por Michael Lindsay-Hogg (que filmou originalmente) dezoito meses antes da separação, descobri um documento histórico inestimável. Claro, existem tensões, mas nenhuma das discórdias frequentemente associadas a este projeto. Observar John, Paul, George e Ringo trabalhando juntos para criar esses clássicos não é apenas fascinante, mas também engraçado, emocionante e surpreendentemente íntimo”, diz Jackson.