Lindo, sexy e cobiçado na juventude, quando interpretou o Homem-Morcego em ‘Batman Eternamente’, de 1995, Val Kilmer, que morreu aos 65 anos nesta terça-feira (1), viu Hollywood virar as costas.
O envelhecimento e a perda de status afastaram a maioria dos amigos igualmente famosos e rarearam os convites para grandes filmes. Um dos poucos a não o abandonar foi Tom Cruise.
Os dois têm em comum a Cientologia, religião com base na autoajuda que estimula o adepto a se reconectar consigo mesmo e a natureza. Há pontos controversos, como a proibição de seguir tratamento psiquiátrico.
Segundo o programa de celebridades ‘Entertainment Tonight’, Kilmer recusou a medicina convencional após o diagnóstico devastador de câncer na garganta em razão da crença na cura pela Cientologia.
Mas, por pressão dos filhos Jack e Mercedes, e diante do agravamento dos sintomas, o ator recorreu à quimioterapia e radioterapia.
Um dos raros amigos fiéis, Tom Cruise, um dos líderes da Cientologia, não se opôs. O relacionamento entre eles se fortaleceu devido à batalha de Kilmer pela vida.
Foi o protagonista de ‘Top Gun – Ases Indomáveis’, de 1986, que insistiu na contratação do amigo para ‘Top Gun – Maverick', de 2022, mesmo fragilizado fisicamente. O cachê milionário foi usado para pagar as custas médicas do câncer, diagnosticado em 2014.