O Brasil se despede de um de seus maiores nomes da música popular. O cantor e compositor Lô Borges faleceu na noite de domingo (2/11), aos 73 anos, em Belo Horizonte, em decorrência de falência múltipla de órgãos. A informação foi confirmada por boletim médico do Hospital Unimed. "O Hospital Unimed - Unidade Contorno informa com pesar o falecimento do músico, cantor e compositor Lô Borges, aos 73 anos, na noite de ontem, 2 de novembro de 2025, às 20h50, em decorrência de falência múltipla de órgãos", diz a nota.
O artista havia sido internado no dia 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação por medicamentos em casa. Desde então, seu estado de saúde inspirava cuidados. Com mais de cinco décadas de trajetória, Lô deixa um repertório marcante, com canções como "Trem Azul", "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo", "Para Lennon e McCartney" e "Vento de Maio", que se tornaram hinos da MPB.
O som que marcou gerações
Ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Márcio Borges e outros artistas mineiros, Lô foi um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento que transformou a música brasileira nos anos 1970. Ele participou da criação dos álbuns Clube da Esquina (1972) e Clube da Esquina 2 (1978), este último considerado um dos marcos da MPB. "O Clube da Esquina era mais que um disco, era um estado de espírito", dizia o compositor em entrevistas.
Nascido em 1952, em Belo Horizonte, Salomão Borges Filho iniciou sua paixão pela música ainda jovem, inspirado pelos Beatles e incentivado pelo amigo Milton Nascimento. Seu primeiro disco solo, Disco do Tênis (1972), tornou-se um clássico cult, seguido de sucessos como Via Láctea e Equatorial. Solitário por opção, Lô nunca se casou nem teve filhos, mas conquistou gerações de fãs. Sua voz, seu violão e suas melodias continuam eternos na história da música brasileira.
