Leo Dias confessou em entrevista que se arrepende de ter divulgado informações sobre o caso de Klara Castanho, reconhecendo que invadiu sua privacidade e que o Brasil não está preparado para lidar com toda a verdade.
O jornalista Leo Dias afirmou, na noite de segunda-feira, 21, que se arrepende da postura que adotou na cobertura do caso envolvendo Klara Castanho. Há alguns anos, a atriz foi vítima de estupro, engravidou e pretendia discretamente dar o bebê à adoção. Entretanto, o comunicador expôs o caso.
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"Eu não menti. Eu liguei pra ela. Eu guardei essas informações por meses, mas eu exagerei [na postura que adotei] porque as pessoas não estão preparadas pra toda a verdade do mundo. Eu invadi demais a privacidade dela", disse o apresentador, questionado sobre ter algum arrependimento, em participação no No Alvo (SBT).
Em seguida, a voz que ancora o programa continuou: "Vale a pena, dar notícia sem 100% de confirmação?".
"Não. Hoje eu entendi que não... Hoje não, já há bastante tempo... Mesmo 100% de confirmação! O Brasil não está preparado para toda a verdade de todo mundo", respondeu ele, que atua no Fofocalizando (SBT).
Leo Dias abre o jogo sobre uso de drogas
Ainda no mesmo programa, em um outro bloco, o jornalista falou sobre seu problema com o uso de drogas. De acordo com ele, considera esta parte a mais dramática e difícil de sua vida, visto que a luta é diária.
"O momento mais difícil foi um dia, um carnaval de 2012, se eu não me engano. Eu tinha que comparecer à Sapucaí para trabalhar... E eu não apareci nenhum dia porque eu fiquei usando droga em casa. E na quarta-feira de cinzas eu fiz a minha mala e fui andando da minha casa à clínica de reabilitação, onde eu me internei... Voluntariamente, numa clínica de reabilitação, sozinho, andando no meio da rua", revelou.
O apresentador ainda aconselhou pessoas que passam por situações semelhantes a procurarem ajuda.
"Um dos lemas do Narcóticos Anônimos é 'só por hoje', e a luta é só por hoje, porque o amanhã a gente trabalha. Busque ajuda, mude a rota, mude roteiros, mude telefone, mude pessoas, mude de ciclo de amizades. Troque hábitos, troque rotina", disse. "Mas o primeiro passo é admitir o vício. Se você não admitir o vício, de nada adianta."
Para encerrar o assunto, ele também explicou o motivo de ter trocado o Rio de Janeiro por Pernambuco. Segundo ele, foi uma tentativa de se afastar do universo e de pessoas que lhe incentivavam nas recaídas.
"O Rio de Janeiro não estava me fazendo bem. Foi em plena pandemia. Foi 2020, todo mundo dentro de casa e eu me afundando ainda mais no vício. E eu tive sempre uma conexão muito forte com o mar, com o litoral, e eu precisava sair do Rio de Janeiro. Eu tive ajuda de algumas pessoas que me tiraram do Rio de Janeiro. Eu ainda tenho uma casa, um apartamento no Rio de Janeiro, mas eu apareço lá muito pouco. O Rio de Janeiro não me fez bem nesse sentido."