O ano era 2020. Pandemia, tensão política e, no meio de tudo, um acontecimento que mudou o planeta: o assassinato de George Floyd, um homem negro de 46 anos, asfixiado por um policial nos Estados Unidos. O vídeo - que correu o mundo em segundos - desencadeou uma onda global de protestos. Milhões foram às ruas em dezenas de países pedindo justiça, igualdade e o fim da violência policial contra pessoas negras.
Nas redes sociais, o movimento ganhou força com a hashtag #BlackLivesMatter, criada ainda em 2013 após outro episódio de violência racial (a morte de Trayvon Martin), mas que naquele momento se transformou em um grito mundial.
O lema tinha (e tem) um objetivo claro: destacar quem mais morre, quem mais sofre e quem mais é invisibilizado. Não é que outras vidas não importem — é que as vidas negras, historicamente, são as que mais precisam dizer isso para serem ouvidas. Era esse o contexto. Forte, sensível, urgente. E foi justamente aí que Dulce María entrou no olho do furacão!
A frase que virou tempestade
No dia 2 de junho de 2020, Dulce María tentou apoiar a causa usando diversas hashtags - incluindo a do Black Lives Matter [vidas negram importam] -, porém optou por colocar junto as palavras "todas as vidas importam". Ou, em inglês, "All Lives Matter" expressão que, àquela altura, já era amplamente criticada por ativistas, jornalistas e especialistas por "diluir" a pauta antirracista e reverter a mensagem central do BLM.
Foi então que uma fã, preocupada com o "cancelamento" da...
Matérias relacionadas