O corpo da estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, que morreu durante o show de Taylor Swift, foi sepultado na manhã desta terça-feira, 21, na cidade de Pedro Gomes, no Matro Grosso do Sul.
O corpo da fã de Taylor Swift chegou a Campo Grande (MS) na segunda-feira, 20, de avião. De lá, foi levado para a Câmara Municipal de Sonora, no interior do Estado, onde foi velado. A cerimônia começou às 19h00 e foi até às 05h00 de terça-feira, 21. De acordo com a Globo, cerca de 600 pessoas passaram pelo local para se despedir da jovem.
Ana foi homenageada com coroa de flores enviadas por parentes e amigos da Universidade Federal de Rondonópolis, onde cursava Psicologia. O corpo deixou o local às 09h10 - horário local -, e seguiu para o Cemitério Parque dos Ipês, onde foi sepultado. O cortejo foi seguido por pessoas a pé e com carro.
Os pais de Ana Clara, Drika e Weiny Machado, precisaram recorrer a uma vaquinha para custear o translado do corpo da filha. Segundo comunicado emitido pela família, a Prefeitura do Rio de Janeiro e a empresa que organizou o show de Taylor Swift, a Time 4 Fun, não os auxiliaram em momento algum.
"Agradecemos imensamente a vaquinha, [a família] informa que o valor necessário já foi atingido, sendo que eventual saldo será destinado a causas sociais, cuja prestação de contas ocorrerá em momento oportuno".
O que aconteceu com Ana Clara Benevides
A estudante, natural de Sonora, no Mato Grosso do Sul, viajou ao Rio de Janeiro para assistir ao show de Taylor Swift. Segundo uma amiga que estava com ela, durante o início da apresentação, Ana passou mal e desmaiou. Imediatamente, ela foi socorrida pela equipe médica do estádio Nilton Santos, o Engenhão.
Posteriormente, ela foi encaminhada ao Hospital Municipal Salgado Filho, onde foram feitas manobras de reanimação. Acredita-se que ela tenha tido três paradas cardíacas e não resistiu. No dia do show em que Ana Clara morreu, o Rio de Janeiro registrou 39,1°C e bateu recorde de sensação térmica com 59,3°C.
A morte foi dada como suspeita e a Polícia Civil investiga o caso. Um exame preliminar indica que a moça teve pequenas hemorragias no pulmão. Os resultados completos saem em 30 dias. A delegada responsável, Juliana Almeida, titular da 24ª DP, informou que qualquer conclusão agora será precipitada.
"O laudo de necropsia não foi conclusivo e o perito solicitou exames complementares de toxicologia e histopatologia. Apesar do laudo indicar que a hemorragia no pulmão pode ser um caso de insolação, ainda não é conclusivo. É prematuro afirmar que ela morreu por causa do calor. Outras causas não estão descartadas. O que sabemos é que ela teve três paradas cardiorrespiratórias e veio a óbito. Só em até 30 dias saberemos se ela morreu devido ao calor", disse ela, em entrevista ao jornal O Globo.