Nayara Macedo, mais conhecida como Any Awuada, deu à luz à sua segunda filha, Maria Vitória, que nasceu 9 meses após a modelo supostamente ir para cama com Neymar Jr. A ruiva é criadora de conteúdo adulto e acompanhante de luxo mas, durante um breve período de sua gravidez, virou presidiária. Relembre:
A prisão de Any Awuada
Any foi presa no dia 22 de maio deste ano por suspeita de participar de um esquema de venda de cosméticos e perfumes falsificados. Ela foi transferida para a prisão de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo, onde passou cerca de 1 mês em condições precárias e dividindo uma cela em estado de superlotação.
A Record visitou o local durante a prisão e documentou que o ambiente é sujo, sem espaço e úmido, causando danos à saúde da ruiva. As imagens revelam condições extremamente precárias dentro de uma cela apertada que abriga mais de seis mulheres, entre elas, grávidas e idosas. O vídeo, registrado pela própria ex-affair do jogador, mostra um ambiente sem qualquer estrutura: há um banheiro improvisado, um chuveiro sem privacidade, ausência total de camas ou colchonetes, além de toalhas, roupas e cobertores espalhados pelo chão. Chinelos e objetos pessoais aparecem amontoados, reforçando o cenário de superlotação.
Segundo relatos das detentas, o maior problema não está nos funcionários, mas sim na estrutura da Penitenciária de Itaquaquecetuba. Elas afirmam que as visitas familiares são raras e duram menos de 10 minutos, que não conseguem manter conversas adequadas com seus advogados e que não há privacidade para receber ninguém.
A falta de banho de sol também foi denunciada. "Tem grávida que está até 30 dias aqui. Eu tô há 65 dias aqui dentro sem banho de sol, sem nada. Não tem privada, não tem chuveiro", relatou uma das presas.
Além disso, o grupo afirmou conviver diariamente com ratos e baratas. Uma detenta, grávida de 8 meses, contou estar há um mês sem atendimento médico. Outra, portadora de lúpus, problemas cardíacos, nódulo no abdômen, questões hepáticas e em tratamento psiquiátrico, disse não receber qualquer tipo de suporte. "O local que nós estamos não está adaptado", completou.
Any pegou infecção na cadeia
A equipe jurídica de Any, representada pelas advogadas Sabrina Blaustein e Victoria Ramalho, afirmou na época que a influenciadora desenvolveu uma infecção enquanto permanece detida. Segundo elas, a ex-garota de programa chegou a ser levada ao hospital devido ao quadro. As informações foram confirmadas à revista Quem.
"Ela está com infecção urinária, grávida, e está há quase uma semana na delegacia de Itaquaquecetuba. Sequer transferiram ela", declarou a defesa, destacando a preocupação com a falta de assistência adequada.
Ainda de acordo com o site, Nayara também se manifestou por meio de uma carta escrita dentro da unidade policial. No texto, ela relata o sofrimento que vem enfrentando e critica o que chama de "maldade cruel" contra ela.
"Oi, gente, hoje o 'oi' está diferente. Eu só consigo pensar a que ponto a maldade cruel das pessoas pode chegar pra tentar prejudicar uma pessoa, mas o meu Deus é justiça", escreveu.
A influenciadora também mencionou sua fé e disse acreditar que há um propósito por trás do que está vivendo. "Sei que os olhos d'Ele estão sobre mim e, quando acho que não vou aguentar, sinto as mãos d'Ele me sustentando. Tudo tem um propósito. Uma folha da árvore não cai sem que Ele permita, e o que Ele permitiu foi pra que o meu testemunho ganhasse vidas e aproximasse pessoas d'Ele", continuou.
Soltura
Any deixou a prisão um mês depois após a Justiça afirmar que "não foi observado requisitos legais que pudessem sustentar a prisão preventiva". Na decisão proferida pelo juiz Rodrigo César Muller Valente, da 2ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, o magistrado considerou que não há necessidade de converter a prisão temporária das rés em prisão preventiva. Ele avaliou que o contexto do processo mudou desde o pedido inicial do Ministério Público, que havia insistido na adoção da medida mais rígida.
No despacho de quarta-feira, Valente afirmou que "o principal fundamento" para a preventiva não se sustenta mais, uma vez que a investigação policial foi concluída, a denúncia já foi recebida e as acusadas foram devidamente citadas. Para o juiz, esses elementos garantem a continuidade da ação penal sem necessidade de endurecimento da prisão.