O influenciador Hytalo Santos e o marido estavam dormindo na mansão em Carapicuíba, em São Paulo, quando foram presos na manhã desta sexta-feira, 15. De acordo com os delegados do DEIC da Polícia Civil de São Paulo, responsáveis pelas prisões, a operação ocorreu às 8h.
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Hytalo e o marido Israel Nata Vicente não apresentaram resistência no momento da prisão. Segundo a Polícia Civil, outras oito pessoas estavam na mansão no momento da ação policial - após checagem dos documentos de identidade, foi confirmado que todos eram maiores de idade. Um dos presentes é primo de Hytalo, Josué, que estava acompanhando dos assessores e advogados no DEIC após a prisão.
Foram apreendidos um veículo que estava na frente da mansão em Carapicuíba e oito celulares. Desses aparelhos, quatro estavam com Hytalo e quatro com Israel.
Hytalo e Israel Nata Vicente são alvos de investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Ministério Público do Trabalho (MPT) por explorar e sexualizar crianças e adolescentes para produzir conteúdos na internet. Os dois vão responder pelos crimes de tráfico humano e exploração infantil.
O caso ganhou repercussão após Hytalo ser denunciado em um vídeo do youtuber Felca sobre "adultização", prática que é caracterizada pela sexualização de menores de idade para a monetização dos conteúdos publicados.
O mandado de prisão foi expedido pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba, pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, e cumprido pela Polícia Civil por meio da DEIC em São Paulo, onde o influenciador estava acompanhado do marido, Israel Nata Vicente.
Audiência de custódia
A audiência de custódia de Hytalo Santos e do marido, Israel Nata Vicente, foi marcada para acontecer neste sábado, 16, em São Paulo. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de São Paulo durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 15.
Os dois devem passar por exame de corpo e delito ainda nesta sexta-feira. Segundo os delegados responsáveis da Polícia Civil de São Paulo que atuaram na prisão, a decisão de transferência para a Paraíba depende de decisão judicial do Tribunal de Justiça do estado.