O caso envolvendo Marcella Tomaszewski e o ator Dado Dolabella ganhou novos desdobramentos nesta segunfa-feira (27). De acordo com o advogado Diego Cândido, que representa a modelo, ela foi coagida a negar que havia sido agredida durante uma discussão ocorrida no último sábado (25), em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Segundo o defensor, Marcella sofreu agressões físicas e verbais, mas foi impedida de formalizar a denúncia. "Na ocasião, a vítima, coagida pelo agressor e sua advogada, resolveu não formalizar a denúncia e ainda gravou um vídeo dizendo que nada tinha acontecido e que o casal estava bem", afirmou o advogado em nota.
No mesmo dia, após o caso repercutir nas redes sociais, o casal surgiu junto em um vídeo, negando qualquer episódio de violência e garantindo que a relação seguia em harmonia. No entanto, a versão foi colocada em dúvida quando uma amiga da modelo publicou fotos e vídeos que mostravam Marcella com marcas no corpo e visivelmente abalada.
Diante da repercussão, Dado Dolabella e Marcella divulgaram um comunicado conjunto, alegando que as imagens estavam "fora de contexto" e que se tratava "de um momento isolado e uma discussão já superado entre o casal".
Com o término da relação, a modelo decidiu formalizar a denúncia. O advogado declarou que, "devidamente orientada sobre seus direitos, ela resolve denunciar a violência da qual foi vítima", destacando que "a vítima não quer que o agressor permaneça impune". Ele acrescentou ainda que tem tentado acionar a rede de apoio da cliente para acompanhá-la até a delegacia, mas que Marcella "está com medo e psicologicamente pressionada", o que tem dificultado a queixa.
Atuação das autoridades
Vale lembrar que a Polícia Militar informou que agentes do 23º BPM foram acionados por vizinhos que ouviram uma briga e relataram suspeita de agressão. O casal foi conduzido até a 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon.
Conforme nota da Polícia Civil, Marcella negou ter sido agredida e optou por não representar criminalmente contra o ator, tampouco solicitar medidas protetivas. Apesar de ter sido encaminhada para o exame de corpo de delito, ela não compareceu ao Instituto Médico Legal (IML). "Diante da recusa dela em representar criminalmente contra o homem, o registro não prosseguiu", informou a corporação.