Filha de Cacá Diegues era atriz e morreu em 2019 após anos lutando contra câncer

Flora Diegues faleceu quando tinha 34 anos; jovem também trabalhava como roteirista e diretora

14 fev 2025 - 09h51
(atualizado às 10h40)
Flora Diegues
Flora Diegues
Foto: Globo/João Cotta

Cacá Diegues morreu nesta sexta-feira, 14, aos 84 anos. Ao longo da sua vida, o cineasta foi casado duas vezes e teve três filhos. Uma de suas filhas, Flora Diegues, faleceu em 2019, aos 34 anos, em decorrência de um câncer no cérebro.

Flora era fruto do casamento de Cacá com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, com quem ele era casado desde 1981. A jovem era atriz e também trabalhava como roteirista e diretora. Ela lutou contra o câncer durante quatro anos. 

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Flora estreou como atriz em 1996 no filme Tieta do Agreste. Entre os seus trabalhos na TV, também estão a personagem Bianca na novela Além do Tempo (2015), em que Flora foi par do personagem Pérsio, papel de Wagner Santisteban, e a personagem Heloísa de Cáseres, em Deus Salve o Rei (2018).

Em entrevista à revista Veja no ano passado, Cacá comentou sobre a morte da filha:

"Quando Flora morreu, foi um sofrimento que não dá para medir. Perdi o gosto pelas coisas, inclusive o interesse pelo cinema. Ela me ensinou muito. Era roteirista, diretora, atriz. Eu tinha escrito um roteiro de um filme em que ela atuaria. Era sobre o encontro de duas mulheres de gerações diferentes, as duas tentando fazer política. Joguei fora porque simplesmente não poderia fazê-lo com outra pessoa. Antes, não parava de pensar: 'O que Flora iria dizer sobre isso?'. Hoje, não é mais assim, embora todo dia me lembre dela. Nunca vai sair da minha cabeça, do meu coração".

O cineasta também teve outros dois filhos --Isabel e Francisco--, do casamento com a cantora Nara Leão. Além de esposa e filhos, Cacá deixou três netos. 

Morte de Cacá Diegues

O cineasta morreu no Rio de Janeiro. Carlos José Fontes Diegues nasceu em 19 de maio de 1940 em Alagoas e se mudou ainda pequeno com a família para o Rio de Janeiro. Na capital fluminense, estudou Direito e depois se dedicou ao cinema. Ele foi um dos cineastas fundadores do Cinema Novo. 

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Ao longo da sua carreira, o cineasta fez vários filmes, muitos deles premiados. Entre as suas obras, estão: Cinco Vezes Favela (1962), Ganga Zumba (1964), Os herdeiros (1969), Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1979), Veja esta canção (1994), Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1999), Deus é Brasileiro (2003), O maior amor do mundo (2006) e O grande circo místico (2018).

Aos 84 anos, Cacá Diegues era um imortal da Associação Brasileira de Letras (ABL).
Foto: Marcos Arcoverde/Estadão / Estadão

Em 2016, ele foi enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo e desfilou no último carro. Na ocasião, a escola desfilava pelo grupo de acesso do carnaval. O enredo foi: Cacá Diegues - Retratos de um Brasil em cena!, desenvolvido pelo carnavalesco Márcio Puluker.

Em 30 de agosto de 2018, Cacá foi eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele ocupou a cadeira 7, no lugar deixado por Nelson Pereira dos Santos. A mesma cadeira também já foi ocupada pelo escritor Euclides da Cunha e pelo fundador da ABL, Valentim Magalhães.

Fonte: Redação Terra
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