O escritor húngaro László Krasznahorkai venceu o Prêmio Nobel de Literatura de 2025 por sua obra densa e visionária, reafirmando o poder da arte em meio ao terror apocalíptico.
O escritor húngaro László Krasznahorkai venceu nesta quinta-feira, 9, o Prêmio Nobel de Literatura de 2025, por uma "obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte".
Com 71 anos de idade, Krasznahorkai nasceu em uma família judia de classe média em Gyula, na Hungria, e construiu uma obra conhecida por romances tidos como densos e exigentes, abordando temas melancólicos e distópicos.
O mais conhecido deles é "Sátántangó", publicado no Brasil pela Companhia das Letras e que gira em torno da chegada de um homem misterioso ? que pode ser o próprio Satã ? a uma aldeia húngara onde a chuva não para de cair, habitada por desajustados e enlouquecidos.
Krasznahorkai já foi definido como "mestre do apocalipse" pela escritora e ensaísta americana Susan Sontag e também conquistou o Man Booker International Prize, principal premiação literária do Reino Unido, entre outras honrarias.
Sua obra é formada por nove romances, cinco novelas e duas coletâneas de contos, além de ensaios e roteiros de filmes.
Na última segunda-feira, 6, os americanos Mary Brunkow e Fred Ramsdell e o japonês Shimon Sakaguchi já haviam conquistado o Nobel de Medicina; na terça, 7, o britânico John Clarke, o francês Michel Devoret e o americano John Martinis foram laureados com o de Física; na quarta, 8, o japonês Susumu Kitagawa, o britânico Richard Robson e o jordaniano Omar Yaghi dividiram o de Química.
Faltam ainda os anúncios do aguardado Nobel da Paz, na sexta, 10, e de Economia, na próxima segunda, 13.