TikTok faz nova demissão em massa no mundo; cortes atingem escritório brasileiro

Aproximadamente mil trabalhadores dos departamentos de suporte ao usuário, conteúdo e marketing foram afetados mundialmente, segundo funcionários

23 mai 2024 - 16h35

Uma nova rodada de demissões ocorreu no TikTok nesta quinta, 23 - a terceira deste ano. Desta vez, uma "grande parte" de um grupo de mil empregados da empresa dos departamentos de comunicações, suporte ao usuário, conteúdo e marketing foi afetada, segundo o site americano The Information. Os cortes foram feitos em diferentes países e chegaram à operação brasileira.

As demissões foram confirmadas pela postagem de Gabriel Simas nos Stories do Instagram, que, atingido pelo corte, deixa o cargo de chefe de marketing do TikTok para a América Latina. Simas mencionou seis colegas da operação local também afetados pelas demissões - todos da área de marketing.

Publicidade

Os funcionários atingidos pelos cortes começaram a receber notificações na noite desta terça-feira, 21, segundo o The Information. Como vinha acontecendo nas demissões em massa anteriores, os trabalhadores afetados podem se candidatar a outras vagas da companhia. Só nos EUA, o TikTok possui aproximadamente 7 mil funcionários. A empresa não revela quantas pessoas fazem parte da operação no Brasil - também não é possível saber quantos profissionais foram desligados do escritório no País .

Esta é pelo menos a terceira onda de demissões que acontece no TikTok só em 2023. A primeira aconteceu em janeiro e afetou 60 pessoas que, segundo a AP, trabalhavam com publicidade e venda.

Em março, uma nova onda de demissões atingiu escritórios da empresa pelo mundo, incluindo em Dublin, na Irlanda, e em São Paulo. Foram 60 cortes realizados só no Brasil, afetando a equipe de Trust & Safety, que analisa a qualidade da moderação da plataforma e cuida da elaboração de políticas de segurança de conteúdo. A informação foi dada com exclusividade pelo Estadão.

Na ocasião, a ByteDance, proprietária do TikTok, disse que não se tratava de uma demissão em massa, mas sim de uma reorganização estratégica do setor.

Publicidade

O Estadão entrou em contato com o TikTok nesta quinta, que ainda não respondeu a um pedido de comentário.

Demissões após crise nos EUA

A nova onda de demissões mundiais acontece após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionar a lei que pode banir o TikTok do país, em 23 de abril. De acordo com a lei, o TikTok tem até janeiro de 2025 para encontrar um comprador não chinês. Caso contrário, a plataforma terá que ser bloqueada das lojas de aplicativos.

Menos de duas semanas depois, a chinesa ByteDance, disse que entrou com um processo contra o governo federal no dia 7 de maio, argumentando que a lei era inconstitucional e que violava a Primeira Emenda americana, que garante a liberdade de expressão, ao remover um aplicativo que milhões de cidadãos usam para compartilhar opiniões e se comunicar livremente.

Recentemente, um novo processo judicial foi aberto por um grupo de criadores de conteúdo americanos contra o governo norte-americano, reiterando o argumento da ação movida pela ByteDance.

TAGS
É fã de ciência e tecnologia? Acompanhe as notícias do Byte!
Ativar notificações